Durante a Copa das Confederações, Fortaleza vivenciou dois momentos distintos: de festas e de protestos.

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A vinda da Seleção para a cidade, além de atrair turistas nacionais e estrangeiros, mexeu com os ânimos da população. Em paralelo às tensões provocadas pelas manifestações, aqueles que não tinham ingressos para assistir aos jogos se reuniram em bares, nas ruas e no Aterro da Praia de Iracema. Muito mais do que movidos pela emoção do esporte, as pessoas pareciam envolvidas por todos os acontecimentos que ocorrem dentro e fora de campo.

No estádio, o “padrão Fifa” não vigorou por completo. A ausência de um número maior de funcionários para dar informações aos torcedores, o alto valor das comidas e bebidas e o mau funcionamento da telefonia foram os pontos mais criticados.

Sem estrutura para fazer o trânsito fluir tranquilamente em dia de jogos – com apenas parte das obras de mobilidade urbana concluída -, a alternativa encontrada pela gestão municipal foi a de dar folga para toda a cidade. Bom para quem gosta de folga, péssimo para quem busca lucros. De acordo com à Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), o saldo é de 10% de prejuízo com os feriados decretados para a competição.

O teste serviu para deixar claro que a Copa não é para todos. Quem mora nos arredores da arena, em dia de partidas, teve de se contentar em não sair de casa, pois só foi permitido a passagem de torcedores com ingressos, pela barreira de isolamento feita pela polícia. Além disso, várias mazelas ficaram expostas. Mesmo diante das campanha contra a prostituição infantil, bem próximo à arena cearense crianças e adolescentes seguiram fazendo programas e consumindo drogas.

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