Fechada desde fevereiro do ano passado, a emergência pediátrica do Hospital Regional de São José pode ajudar a desafogar os atendimentos no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A unidade da Capital tem enfrentado sobrecarga na demanda para atender crianças, devido ao aumento no número de casos de doenças respiratórias. 

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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a reabertura da emergência pediátrica deve ocorrer a partir do segundo semestre deste ano e, para que isso aconteça, é preciso deslocar a UTI do espaço onde antes funcionava a emergência para uma nova área. Ainda de acordo com a SES, o Hospital Florianópolis retomou o serviço de emergência pediátrica no dia 25 de março, auxiliando no atendimento da região continental. 

Em nota divulgada no início deste mês, a Sociedade Catarinense de Pediatria demonstrou preocupação com as dificuldades enfrentadas nos hospitais e ressaltou que antes do fechamento, entre 3 mil e 5 mil crianças eram atendidas mensalmente na emergência pediátrica do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes. Com o fechamento, os atendimentos precisaram ser direcionados para outras emergências da região. 

O Sindicato dos Médicos do Estado Santa Catarina (Simesc) também chama a atenção para a sobrecarga nos atendimentos e defende a reabertura do local para dar suporte a outras unidades de saúde. 

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— Precisamos reabrir a emergência pediátria do HRSJ e reivindicaremos a abertura de leitos de internação pra servir de retaguarda ao HIJG. O Hospital Infantil Joana de Gusmão já não consegue mais dar suporte a toda população — afirma Kempes Nascimento Spencer, diretor do Simesc. 

Fechamento por causa da Covid-19

A emergência pediátrica do Hospital Regional de São José foi fechada em fevereiro de 2021 em um dos períodos mais críticos da pandemia da Covid-19. À época, o governo informou que a interrupção dos atendimentos seria temporária.

Hoje, a unidade que tinha 12 leitos de UTI ativos, tem em funcionamento 27 leitos de terapia intensiva para adultos, e a Secretaria de Estado da Saúde destaca que o HRSJ nunca teve leito de internação pediátrica, apenas pronto atendimento de casos leves a moderados.

— Esse cenário atual do aumento de procura pelos serviços pediátricos distoa dos outros anos. Nós não tínhamos internação pediátrica, nós tínhamos antes o pronto atendimento e vale ressaltar que o Regional é de alta complexidade e os hospitais são para pacientes extremamente graves. Nós não éramos referência para esse atendimento. Se a criança tivesse problema de saúde no posto de saúde ou na UPA, elas eram encaminhadas para o Hospital Infantil — afirma o diretor do Hospital Regional, Daywson Pauli Koerich. 

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Segundo o direção da unidade, a materinidade do hospital está funcionando normalmente e há 30 profissionais trabahando na neonatologia, além de 20 pediatras no alojamento conjunto que atuam nas salas de parto da unidade.   

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