O Criciúma jogou, na noite deste domingo, mais uma partida do seu campeonato pessoal para permanecer na Série A. O confronto direto com a Ponte Preta era o conhecido jogo de seis pontos: quem perdesse estaria no rebaixamento. No caso, foi o Criciúma, que esteve novamente longe do bom futebol que apresentou no Catarinense e saiu derrotado por 3 a 1.
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A derrota deixa o time em 18º, com os mesmos 11 pontos, ainda um atrás do 16º, o Atlético-MG. No “Campeonato Criciúma pela Série A”, apenas uma vitória – contra o Santos -, dois empates e três derrotas em jogos contra times que rondam o Z-4. Neste bolo ainda estão equipes como São Paulo, Santos, Atlético-MG, que são candidatos a deixarem a parte de baixo da tabela, complicando mais ainda a situação do time carvoeiro.
Tigre sem garras
Aquele Criciúma ofensivo, que utilizava a velocidade das alas e incomodava o adversário botando pressão com contra-ataques bem encaixados parece ter desaparecido. O time Campeão Catarinense não apareceu na Série A, e os jogadores que foram destaques não rendem mais. Sueliton, que era o terror das defesas no início do ano, não apoia tanto e nem com grande eficiência; Ivo, o cérebro do time, não consegue mais fazer o ataque funcionar; e Lins, o craque, acumula atuações medianas em sequência.
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Assim, o Tigre que machucava com suas garras afiadas e na precisão ofensiva agora não consegue mais arranhar e depende de bolas jogadas na área, o velho “chuveirinho”, para chegar ao gol adversário. Do outro lado, a Ponte mostrou como se joga por cima, aproveitou a fase espetacular de William e abriu o placar cedo, aos 6 minutos, ampliando aos 28 minutos com Artur.
Nem tudo está perdido
Claro que o Criciúma tinha a chance de empatar, virar o jogo, dominar o adversário, se os jogadores conseguissem produzir mais. Os desfalques não colaboraram, principalmente a ausência de Wellington Paulista em cima da hora, que deve sair para o resto do campeonato. Mas quem estava disponível poderia fazer melhor, e no segundo tempo o time teve outra atitude.
Com lampejos de criatividade e dificuldades na defesa – é a pior do campeonato com 25 gols sofridos – é que o Criciúma vai sofrendo na Série A. A representação destas oscilações aconteceu na etapa final: a Macaca recuou, o Tigre teve tempo de se concentrar, afiar as garras e aos 10 minutos descontar com Lins, mas seis minutos depois, novamente na bola aérea, Artur cruzou na cabeça de Everton Santos e ampliou, cravando a derrota do Criciúma.
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Um time que deu esperanças ao torcedor de uma campanha melhor, segue no seu campeonato próprio contra o rebaixamento com um aproveitamento ruim, mantém apenas um ponto conquistado fora de casa, e – o pior – não joga um futebol nem próximo daquele que mostrou ao levantar a taça no Estadual.
A equipe pode se recuperar no campeonato, tem as oportunidades para se afastar da zona de rebaixamento da Série A, mas precisa acordar. Na quarta-feira, contra o Náutico, terá mais uma oportunidade no Heriberto Hülse para vencer um confronto direto.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA (3)
Roberto; Artur, César, Diego Sacoman, Uendel; Régis, Magal, Rildo, Chiquinho (Ferrugem); Everton Santos (Giovanni), William
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Técnico: Paulo César Carpegiani
CRICIÚMA (1)
Helton Leite; Sueliton, Matheus Ferraz, Ewerton Páscoa (Leonardo), Marlon; Amaral (Crispim), Gilson, Leandro Brasília (Bruno Lopes); Ivo, Lins, Cassiano
Técnico: Oswaldo Alvarez
Gols: William (P), aos seis; Artur (P), aos 28 minutos do primeiro tempo. Lins, aos 10 (C); Everton Silva (P), aos 16 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Gilson (C)
Arbitragem: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA), auxiliado por Clovis Amaral da Silva (PE) e Rafael da Silva Alves (RS)
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Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas
Público: 6.008
Renda: R$ 35.192