Em Lages, alunos se recusam a deixar escola interditada

Ao fim do período de aulas da última sexta-feira, cada aluno da Escola de Educação Básica Aristiliano Ramos, em Lages, recebeu um bilhete que continha o nome do colégio em que ele passa a estudar a partir desta segunda-feira. A medida foi tomada após a divulgação do laudo que resultou na interdição da escola. Pais e alunos não ficaram satisfeitos com a solução apresentada e organizaram uma manifestação nesta manhã.

Os 1,3 mil alunos foram encaminhados para instituições próximas do centro da cidade. 150 alunos do ensino fundamental foram recebidos no Centro Educacional Vida Ramos Júnior, onde também foi instalada parte da secretaria do Aristiliano. Os alunos do período noturno também devem encerrar o ano letivo no local. Já os estudantes do ensino médio foram encaminhados para o novo prédio do Vidal Ramos.

Liliane Sturcio, de 35 anos, é mãe de um dos alunos da escola e participou da manifestação contra o fechamento do colégio. Segundo ela, o laudo não foi mostrado aos pais ou aos alunos, o que depõe contra a sua veracidade.

– Os alunos foram mandados para espaços que não são deles, e pior, não há lugar para eles nessa outras escolas -, desabafa Liliane.

A aluna do terceiro ano do Ensino Médio, Daniele Araújo, 17 anos, acredita que em duas semana o colégio não irá cair e que os alunos têm direito de terminar o ano letivo no local.

– Acho que aí tem muitos interesse políticos e o que o governo menos está fazendo é pensar em nós, alunos -, disse Daniele.

Mayara Aguiar, de 16 anos, do segundo ano do Ensino Médio disse que já faz cinco anos que o colégio está em más condições e que este não seria momento de transferir os alunos.

– Já perdemos 60 dias de aula com a greve e agora mais isso? -, questionou a aluna.