As aulas na Escola Estadual Indígena Vanhecu Patter, na Aldeia do Bugio, na Reserva Indígena Duque de Caxias, deveriam ter começado segunda-feira. No entanto, nas duas salas do educandário, as carteiras ainda estão empilhadas e os quadros negros não têm sequer uma letra rabiscada.

Continua depois da publicidade

Pais dos 130 alunos se recusam a mandar os filhos para a escola por não haver infraestrutura adequada. Há mais de um ano, parte das salas de aula e os banheiros foram consumidos pelo fogo. Só sobraram as duas salas e uma onde funciona a administração e onde é feita a merenda. Não há banheiros.

Na quarta-feira, com cartazes, pais e estudantes fizeram um protesto pela demora na reconstrução da escola. A promessa recebida do Estado é de que em três semanas serão erguidos salas e banheiros provisórios e as aulas poderão começar. Para não comprometer o ano letivo dos estudantes, a escola, que oferece da pré-escola ao último ano do Ensino Médio, ocupou uma casa ao lado, emprestada.

Desde lá, a comunidade indígena buscava a reconstrução. Valderes Priprá, mãe de uma menina de oito anos, conta que foram várias as datas para o início da construção:

Continua depois da publicidade

_ Primeiro, disseram que começaria em junho. Depois, agosto, setembro. Em novembro, disseram que não ia começar mais em 2012.

Neste ano, a casa não foi mais cedida à escola e voltou a ser ocupada pelo proprietário. Agora, a preocupação dos pais é que as crianças não têm sequer banheiros para usar.

_ O que a gente quer é um lugar decente para nossos filhos estudarem, com as mínimas condições _ afirma Helio Farias, que tem dois filhos em idade escolar.

Continua depois da publicidade

>>Confira a reportagem completa na edição impressa do Santa de quinta-feira.