O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Sargento Lima, apresentou nesta quinta-feira (18), em Joinville, os números de crimes e violência no território catarinense em 2023, destacou a importância do Estado e colocou a situação das pessoas em situação de rua como desafio principal da pasta. Esse é o primeiro ato oficial dele na Secretaria.
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Lima explicou que a Secretaria vai trabalhar com dois pilares: eficiência e transparência. Além de destacar o trabalho conjunto entre as pastas, ele ressaltou que a presença do Estado é fundamental para evitar crimes, citando apoio para vítimas de desastres naturais e créditos para trabalhadores da zona rural, por exemplo.
— A presença do Estado faz com que diminua os índices de violência. Onde o Estado está presente, o crime diminui. Sem investimento, há desemprego e, consequentemente, violência. Há um padrão que faz os índices de violência aumentarem — diz.
Para Sargento Lima, o principal desafio que terá na pasta é resolver a questão das pessoas em situação de rua em Santa Catarina, tema que deve ser alvo de investigação na Secretaria.
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— É o nosso principal desafio. São Paulo, hoje, chegou quase em uma situação irreversível, não queremos o mesmo por aqui. Temos catarinense que estão sofrendo na rua, é um problema nosso, mas não podemos abraçar o problema de todo um território nacional. Vamos investigar para saber quais estados estão enviando pessoas para cá — pontua.
Violência doméstica e feminicídios
Em 2023, Santa Catarina teve um crescimento de 6,8% em episódios de violência doméstica se comparados com o de 2022, somando 75 mil casos. Já em feminicídios, os crimes caíram 1,8%, mas, ainda sim, foram registradas 56 mortes. Questionado sobre casos de violência contra a mulher, Lima afirma que não vê “terror” nos números.
— Isso quer dizer que a mulher está se sentindo à vontade e encontra ferramentas para denunciar — analisa.
Mortes em confrontos com a polícia
Outro dado que se destaca é referente às mortes em confrontos com policiais. Ao todo, foram 79 apenas no ano passado, um aumento de 79,5% se comparado com 2022. O secretário de segurança defende a atuação dos agentes.
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— O policial tem o dever de atender a ocorrência, mas o criminoso tem a opção de não cometer o crime. Esse confronto se dá por opção do próprio criminoso. Ele tem a oportunidade de se entregar para a polícia — conclui.
Sargento Lima ainda citou que a Secretaria de Segurança vai receber R$ 140 milhões do governo federal para aplicar no combate à criminalidade até dezembro de 2024.
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