Deixar as lagartas sem casa e sem comida é o que pretende a Secretaria de Saúde de Joinville. Depois que milhares de embiras, ou taturanas, invadiram a vizinhança no bairro Saguaçu, essa é a medida mais efetiva.
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– Vamos localizar o dono da área. Se houver autorização, vamos retirar a árvore de onde as embiras saíram na semana passada – disse o secretário de Saúde, Tarcício Crócomo.
Além do dono do terreno, a Fundema também será consultada sobre possível derrubada, porque é fonte de alimento para os bichos. Na área onde as lagartas estavam, Prefeitura e moradores também vão pedir a derrubada de uma casa abandonada.
A negociação depende do dono do terreno, que ainda não havia sido localizado até o começo da noite de desta segunda-feira. A casa estaria sendo usada por viciados em drogas. E também como abrigo por pessoas que deixam restos de comida. Por isso, muitos ratos também estão sendo atraídos.
No sábado, o secretário de Saúde e o veterinário Ítalo Lenzi, da Vigilância Epidemiológica, estiveram no local. Ouviram de moradores as reclamações pela infestação. No sábado e domingo, praticamente todas as lagartas já estavam mortas. Foi depois que dedetizadores aplicaram veneno no ninho e nos bichos. Os próprios moradores também ajudaram, jogando querosene nas taturanas.
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A pedido de “AN”, o Centro de Investigação Toxicológicas (Cite) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) checou, por fotos, a espécie da lagarta. Segundo o Cite, a lagarta é da espécie Hylesia sp. Comum no Brasil, ela vira mariposa na fase adulta.
Quem for queimado, deve lavar com água corrente. Pode tomar analgésicos comuns. É bom aplicar compressas frias. Nesta semana, a Prefeitura disse ter mandado as embiras para serem analisadas em Florianópolis. Mas no Cite, o material ainda não chegou. O laboratório trabalha 24 horas, e não parou no feriado de Páscoa.