Não faltou vontade a Portugal. Mas teve também muito nervosismo. Em jogo dramático e emocionante, Portugal empatou em 3 a 3 com a Hungria, nesta quarta-feira, em Lyon. Cristiano Ronaldo fez dois gols, um deles de letra, e saiu como o jogador da partida, pela Uefa. Nani fez o outro gol. Para a Hungria, Dzsudzsák marcou duas vezes e Gera completou.

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Foi o terceiro empate português em três jogos. Mas ao menos valeu a classificação como um dos melhores terceiros colocados. A Hungria terminou como a líder com cinco pontos, o mesmo da Islândia que venceu a Áustria por 2 a 1 e ficou em segundo lugar por ter pior saldo. Nas oitavas, os portugueses enfrentarão a Croácia. Os austríacos estão eliminados.

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Cristiano Ronaldo conseguiu duas marcas importantes. A partida foi a de número 16 do craque português, que empatou com Thuram (França) e Van der Sar (Holanda) como o jogador com mais partidas em Euros: 16. Será o Top1 após o jogo com os croatas. A outras: com os dois gols, tem oito na história das Euros. Encostou no maior artilheiro, Platini, que tem nove.

A partida

Nervosa. Assim esteve a seleção de Portugal durante todo o primeiro tempo. Embora tocasse mais a bola e buscasse o jogo, o time, no 4-4-2 com Quaresma no banco – pecou no ataque. Cristiano Ronaldo queria decidir sempre, reclamando quando não recebia a bola e batendo todas as faltas. Na defesa, Eliseu, o substituto de Raphael Guerreiro estava mal e Pepe, mesmo sendo o melhor do setor, muitas vezes ficou em combate direto contra o rival na cara do gol.

A Hungria – com cinco alterações em relação ao time que empatou com a Islândia – começou mal, atrás e errando passes em demasia, o que fez Portugal adiantar a marcação e recuperar bolas que chegaram a resultar em bons lances para chutes de João Mário e cabeçada de Nani. Mas assim que encaixou o seu jogo, equilibrou e saiu na frente num escanteio que foi rechaçado por Cristiano Ronaldo e que sobrou para o veterano Gera, de 37 anos, matar no peito e mandar de fora da área para fazer um golaço.

Portugal se perdeu de vez. A Hungria passou a trabalhar a bola mesmo com alguma dificuldade técnica e quase ampliou com Elek. A coisa não estava boa para Portugal, que só chegava ao ataque (até teve um gol de Nani bem anulado) porque a Hungria fazia muitas faltas, ficou com a defesa pendurada no amarelo e dava brecha para jogadas ensaiadas. Aos 40, Cristiano Ronaldo apareceu bem como assistente e deu passe para Nani bater cruzado e empatar um jogo que estava complicadíssimo. Ao menos Portugal não foi em desvantagem para o intervalo.

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A etapa final – com o garoto Renato Sanches no lugar de Moutinho – começou a mil. No primeiro minuto, uma cobrança de falta Dzsudzsák resvalou em André Gomes e matou Rui Patrício. Hungria 2 a 1. Três minutos depois, João Mário cruzou para Cristiano Ronaldo, marcado, completar de letra e empatar o jogo e acabar com o jejum nesta Euro. Só que aos nove Dzsudzsák cobrou falta na mesma posição. Desta vez foi na barreira. Porém, o capitão húngaro ficou com a sobra e chutou. Novamente a bola resvalou e matou o goleiro. Mais uma vez a Hungria na frente.

Era emoção à flor da pele, jogo aberto. Fernando Santos tirou um volante, André Gomes, e pôs o atacante Quaresma. Abriria mais a defesa. Mas deu resultado, pois o camisa 20 cruzou na cabeça de CR7 empatar o duelo em 3 a 3.

O empate era um risco para Portugal, que atacava com seis e deixava a defesa exposta. Ricardo Sanches tinha personalidade, Quaresma estava inspirado e com muita vontade, Nani e CR7 passaram a jogar dentro da área rival.

Quando quase levou o gol, Elek carimbou a trave de Rui Patrício, o time levou um susto e diminuiu o ritmo nos dez minutos finais. Passou a ficar num tiki taka monitorando o resultado de Saint Denis e evitando falhas para não levar um gol que causaria eliminação.

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*LANCEPRESS