A situação do Avaí é difícil, mas não é inédita. A complicada missão de escapar do rebaixamento para a Série B passa, sobretudo, por uma vitória sobre o Santos, fora de casa, em jogo marcado para as 17h deste domingo. Mas só isso não basta, é preciso torcer por tropeços de adversários diretos na tabela de classificação. E é justamente quem já viveu estes momentos outras vezes que chama a responsabilidade no jogo mais importante do Leão na temporada.
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— A responsabilidade é dos mais experientes, nunca fugimos disso e temos que assumir isso, deixar os meninos tranquilos, jogar com alegria. Trabalhando com alegria, deixamos todos tranquilos e os jovens vão nos ajudar muito — enfatizou o meia e capitão Marquinhos, o mais experiente atleta do elenco Leão.
Aos 36 anos, o Galego já viveu outras situações igualmente complicadas com a camisa azurra. Agora, ele conta com a presença de outros atletas mais “cascudos” dentro de campo para transmitir a dose de experiência necessária para um elenco cheio de jovens. Entre os veteranos estão o zagueiro Betão, de 34 anos, com passagem pelo Corinthians, e o lateral Maicon, também de 36 anos, revelado pelo Cruzeiro e com grande passagem pelo futebol do exterior.
— Tem que desfrutar o momento decisivo. São esses momentos que nos deixam contentes em jogar futebol, uma decisão. Contra o Santos, é desfrutar. A responsabilidade não é dos jovens, é nossa — completou Marquinhos.
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A combinação necessária para escapar do rebaixamento começa por uma vitória sobre o Santos na Vila Belmiro. Além disso, o Leão precisa que dois de três adversários não vençam: o Coritiba, que visita a Chapecoense; o Sport, que recebe o Corinthians; e o Vitória, que duelo contra o Flamengo em Salvador.
Dia de lembrar as vítimas do acidente com a Chapecoense
Nesta quarta-feira, em data que marca um ano da tragédia com o avião que levava a Chapecoense, o meia Marquinhos também citou de colegas que perdeu entre as 71 vítimas. O meia atuou ao lado de Cléber Santana no Avaí e também teve convivência com alguns membros da imprensa, que fez questão de citar em entrevista coletiva.
— Faz um ano que perdemos vários amigos. O Cleber Santana frequentava minha casa, o (André) Podiacki (repórter do DC), era meu vizinho, o Djalma Araújo (cinegrafista)… fazem falta. A gente não tinha o contato diário com todos, mas a falta que eles fazem nesse lar é de se lamentar. Aconteceu essa situação e ficamos chateados, mas o mais importante é que eles deixaram um legado. Mostraram que um clube dentro de Santa Catarina pode ser forte, levaram o nome do Estado para fora. E as pessoas que ficaram lá têm dado valor, precisam fazer isso em memória. Se é para dar uma resposta àqueles que deram a vida, é essa permanência na elite. Se a gente pudesse voltar lá atrás e colocar para dentro aquela bola que o Danilo defendeu, eles estariam vivos. Só podemos rezar por essas almas, que lá de cima guiem as famílias. Agora, cabe à Chapecoense dar a vida pelas pessoas que ficaram — frisou.
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