No meio da semana, Geninho disse que ainda tinhas cartas na manga. E realmente tinha: William Rocha. O zagueiro que não foi aproveitado pelo Figueirense em 2012 chegou com fome de gols. Colocado na lateral-esquerda, William incendiou o humilde Estádio Robertão, em Camboriú. Em 8 minutos, ele fez mais tudo o que o Avaí não conseguiu em cinco rodadas. Balançou a rede duas vezes, relembrou o torcedor avaiano do que é uma vitória, animou os companheiros de equipe e deu esperanças de uma fuga do quadrangular. Realmente, uma grande carta na manga. Anderson Lopes ajudou e fechou o placar de 4 a 3 para o Leão sobre o Marcílio Dias e tirou o time da lanterna do Campeonato Catarinense.
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Logo aos três minutos, Renan Oliveira foi para a marca de escanteio. Parou, colocou as mãos na cintura e encontrou o zagueiro livre dentro da área. Para dentro. Cinco minutos depois, mesma jogada, mas pelo lado oposto. Renan Oliveira coloca na cabeça de William Rocha. Para dentro novamente.
Depois desse início fulminante, a cada aparição de William Rocha perto da área, uma trupe de jogadores do Marcílio o cercavam com rapidez. O herói do Leão ficaria inutilizado até ser substituído no segundo tempo.
Emocionados com a vitória, o Avaí murchou e mostrou todos os problemas que o deixaram nesta situação complicada. Aos 42, mais uma vez um zagueiro balançou as redes com um cabeceio certeiro. Desta vez, Rodrigo do Marcílio Dias.
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Na volta do intervalo, Vagner mostrou porque era conhecido como muralha. Inspirado em Ochoa, com maestria. Mas o camisa 1 não sabia que teria que se defender também da própria equipe. Em um cruzamento de Capixaba, aos 29 do segundo tempo, Schwenck tentou cabecear, mas Pablo foi mais rápido e mandou para a rede do Leão.
Segunda carta na manga
Carta na manga? O Geninho tinha duas. Do banco, Anderson Lopes entrou para garantir que o torcedor azurra terminasse o domingo feliz. Primeiro, aos 32 com um toque de Rômulo. Com cara de artilheiro, ele mandou uma bomba indefensável na gaveta. Aos 44 mais uma pintura. Mais uma vez de fora da área, mais uma vez dos pés dele.
Mas o Marcílio queria muito esssa vitória. Schwenck diminuiu aos 47 e Capixaba mandou uma bomba que belicou a trave do Leão. Mas era a vez do Avaí. Pela primeira vez, o Leão saiu com três pontos neste Campeonato Catarinense com o placar de 4 a 3. E o mais importante: ainda vivo na busca por uma vaga no Hexagonal.
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FICHA TÉCNICA
Marcílio Dias (3)
Tiago Rodriguez; João Neto, Rodrigo, Rogélio e Murilo; Neguette, Thoni e Athos (Alisson); Néverton (Iury), Soares (Ronaldo Capixaba) e Schwenck.
Técnico: Macuglia
Avaí (4)
Vagner; Pablo, Antônio Carlos, Philipe Maia e William Rocha (Eltinho); Uelliton, Claudinei, Tinga (Rômulo) e Renan Oliveira; André Lima e Roberto (Anderson Lopes)
Técnico: Geninho
Gols: William Rocha (A), aos 3 e aos 8 minutos do primeiro tempo, Rodrigo (M) aos 42 do primeiro tempo. Pablo (A) contra aos 29, Anderson Lopes (A) aos 33 e aos 44 minutos e Schwenck (M) aos 47 do segundo tempo.
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Amarelos: Rogélio, Neguette, Athos e Murilo (M); Tinga, Pablo e Vagner (A)
Arbitragem: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Carlos Berkenbrock e Eli Alves
Local: Estádio Robertão, em Camboriú