Em jogo marcado por uma arbitragem confusa, muitas faltas e três expulsões, o Juventude deixou escapar a vitória e empatou em 1 a 1 com o São Paulo no início da noite deste domingo, no Estádio Alfredo Jaconi, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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Com o resultado, o Alviverde chega aos 14 pontos e vai assistir a Copa do Mundo na 11ª posição na tabela de classificação. Já o São Paulo perdeu a liderança da competição. Foi a 20 pontos e acabou ultrapassado por Cruzeiro e Inter, ambos com 21, na ponta da tabela.
O jogo em Caxias do Sul começou e seguiu até o final truncado, recheado de faltas. O São Paulo, quem diria, bateu mais. Cometeu 39 faltas, contra 20 do time gaúcho. Não foi à toa que o time do Morumbi acabou com dois jogadores a menos.
Apesar da postura mais ofensiva (poucos minutos antes da partida o técnico Muricy Ramalho optou pelo meia atacante Leandro no lugar do volante Ramalho), o São Paulo limitou-se a arriscar chutes de fora da área no primeiro tempo. Júnior, aos 20, e Ricardo Oliveira, aos 29, foram os mais perigosos.
Mas enquanto o adversário abusava das tentativas de longe, o Alviverde encontrava dificuldades nas armações das jogadas. Sem conseguir penetrar na área são-paulina, a solução foi a bola aérea. Fabrício quase conseguiu abrir o placar nos acréscimos, mas o árbitro Lourival Dias Filho já havia anulado o lance.
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Ao contrário da primeira, a segunda etapa foi recheada de emoções. Provocadas principalmente pelas confusões do árbitro baiano. A primeira aconteceu aos nove minutos, quando Wellington chutou no braço de André Dias. Lourival Dias marcou pênalti num primeiro momento, mas depois voltou atrás e marcou falta ao lado da área.
Na cobrança da infração, Christian conseguiu balançar as redes do São Paulo, mas a arbitragem acertou novamente ao anular o gol, marcando impedimento do atacante gaúcho. A partir daí, o que se viu foi um festival de cartões, de erros de arbitragem e, claro, de muita reclamação de ambos os lados.
– Você deveria ser suspenso – esbravejou Muricy ao árbitro ao final do jogo.
Abusando das faltas, o São Paulo perdeu seu primeiro jogador aos 22 minutos. André Dias agarrou Christian e recebeu cartão vermelho. Dez minutos depois, foi a vez de Fabão receber o segundo amarelo e, conseqüentemente, o vermelho, depois de cometer falta em Éder Ceccon, que havia entrado no lugar de Leandrinho.
Com a superioridade numérica, o Juventude passou a ser mais perigoso, mas precisou de uma ajuda do árbitro para abrir o placar. Aos 38 minutos, Ceccon cruzou da esquerda e Christian cabeceou na trave. No rebote, Lino trombou com o goleiro Bosco dentro da pequena área e o próprio Ceccon empurrou para as redes.
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O árbitro não marcou a falta clara do jogador do Juventude no goleiro Bosco, para revolta geral dos jogadores do São Paulo. Em melhor situação emocional, o time alviverde teve oportunidade de ampliar com Marco Antônio e Éder Ceccon, aos 42 e aos 43, mas acabou desperdiçando e pagando muito caro por isso.
Aos 44 minutos, o árbitro voltou a errar, mas desta vez para o São Paulo. Danilo simulou ter sofrido uma falta e caiu dentro da área. O árbitro Lourival Dias Filho caiu na encenação e marcou pênalti, convertido por Júnior. Com categoria, o lateral deslocou o goleiro André e tirou dois preciosos pontos do time gaúcho.