Em jantar realizado na noite de segunda-feira com ministros e líderes da base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio para fazer a travessia “sem medo” da atual crise política e econômica. Dilma afirmou ainda que, na busca de estabilidade, vai procurar representantes de outros poderes, como os do Judiciário.

Continua depois da publicidade

– Eu não tenho medo. Eu aguento pressão. Eu percebo o que está acontecendo, ouço para mudar e melhorar – disse a presidente no Palácio da Alvorada, ao prometer melhorar o diálogo com os integrantes de sua base de sustentação.

O que está por trás e o que se pode esperar da crise política brasileira

Dilma destacou a importância de rejeitar a chamada “pauta-bomba”, formada por projetos que aumentam os gastos do governo e podem desconstruir os efeitos do ajuste fiscal.

– Não quero que votem como carneirinhos, mas como uma base corajosa, em nome do Brasil – disse Dilma, de acordo com relatos de deputados e senadores.

Continua depois da publicidade

PSDB rechaça proposta de aproximação feita pela cúpula do PT

Ao anunciar que na próxima semana pretende reunir representantes do Judiciário para pedir apoio, a presidente afirmou que vetou o aumento de até 78% para servidores porque um reajuste nessas proporções não seria possível nem em tempos de crescimento.

– As corporações não podem se apoderar do Estado nem no meu governo nem em governo nenhum – afirmou Dilma, no jantar que teve como prato principal a crise política.

– Todos os Poderes precisam lutar para o Brasil prosperar.

Contra queda de popularidade, Dilma prepara volta à TV

A presidente também indicou que vai procurar, nas próximas semanas, representantes do setor empresarial para discutir propostas para o País.

Na primeira reunião com líderes da base aliada após o recesso parlamentar, Dilma fez um brinde “à amizade e à convivência”.

Continua depois da publicidade

Todo mundo está feliz de dizer que culpada pela corrupção é a Dilma, critica Marina

Apesar de todas as derrotas sofridas e do agravamento da crise política, a presidente disse que o governo saiu “vencedor” no primeiro semestre.

– Ela demonstrou a preocupação do governo em unificar a base, em fazer aquilo que há muito tempo era cobrado, ou seja, uma maior participação de todos, com um núcleo político mais amplificado – disse o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ).

– Foi um dia de boas-vindas – emendou o líder do PT na Casa, Sibá Machado (PT-AC).