Marina Silva, presidente do Instituto Marina Silva e porta-voz da Rede Sustentabilidade, abriu a primeira palestra de sexta-feira, na Conferência de Inovações e Desafios do Saneamento da Costa Esmeralda, em Itapema.
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Para a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora, o desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer e sim de ser que demanda uma visão de mundo, um ideal de vida e a busca de uma nova cultura. O evento realizado pela Conasa Águas de Itapema e que reuniu cerca de 500 pessoas com o objetivo de entender e discutir ações envolvendo inovações e desafios do setor. Segundo ela, o mundo vive uma crise civilizatória e que só a persistência será capaz de trazer mudanças.
– Quando persistimos em determinados aspectos é possível termos resultado. O desafio dessa crise civilizatória exige novos paradigmas com uma visão de sustentabilidade que integre toda a sociedade organizada, governo, academia, mercado, população. É uma luta integradora – afirmou.
Marina salientou que iniciativas como a Conferência de Itapema são importantes para reunir a sociedade em torno do grande desafio da mudança em torno da crise civilizatória.
– Além das crises políticas, sociais e econômicas, temos a crise ambiental e a crise de valores que integram a crise civilizatória. Hoje temos grande perda de biodiversidade mundial, muito mais do que a anos atrás. Perda de rios, insetos, animais, contaminação de lençol freático, poluição do ar, só para citar alguns exemplos – destacou.
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A crise de valores, segundo ela, permeia a sustentação dos processos humanos quando se vive em sociedade. Marina salientou ainda que os jovens estão exigindo que as autoridades parem de brincar com o futuro.
– A juventude de algumas décadas atrás acreditou que construiríamos o futuro que quiséssemos. A juventude atual tem que lutar não para construírem o futuro, mas para terem um futuro.