Milhares de pessoas foram às ruas, neste sábado, para celebrar a Parada do Orgulho Gay em vários países da Europa. Os atos representaram uma homenagem às 49 vítimas do massacre na boate Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos, no domingo passado. A comunidade LGBT reuniu multidões na Áustria, Itália, Bulgária, Lituânia e em Portugal.
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O maior desfile foi em Viena, onde a marcha reuniu mais de 100 mil pessoas, segundo os organizadores. Os participantes fizeram um minuto de silêncio durante a festa, que acontece todos os anos em clima de alegria.
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À frente da parada, um cortejo de pessoas vestidas com roupas pretas arrastava um carro inexistente, a “carroça-fantasma”, que representou “as lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros e pessoas intersexuais, que perderam sua vida em Orlando”, explicaram os organizadores.
Para Lui Fidelsberger, codiretor da organização Iniciativa Homossexual, a entidade gay mais antiga da Áustria, sair às ruas é a melhor resposta ao medo.
– É muito importante que não nos deixemos assustar ou intimidar – disse Fidelsberger, acrescentando que “a resposta deve ser mais visibilidade e orgulho”.
– Tudo isso, apesar da grande tristeza – ponderou.
Depois do atentado de Orlando, as medidas de segurança foram reforçadas, com centenas de agentes mobilizados para acompanhar o evento, informou o porta-voz da Polícia, Roman Hahslinger.
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Vamos sobreviver!
Na Itália, milhares de pessoas participaram da Parada do Orgulho Gay em Florença, Gênova, Treviso, Varese e Palermo. A celebração em Roma aconteceu em 11 de junho, pouco antes do tiroteio na boate gay de Orlando. A expectativa é de que a maior festa aconteça em Milão, no próximo dia 25.
Em Gênova, o primeiro carro do desfile portava uma bandeira do arco-íris com uma faixa preta e com a mensagem “We are Orlando” (“Nós somos Orlando”). Já em Palermo, fez-se um minuto de silêncio em memória das vítimas. O coordenador da parada, Massimo Milani, desfilou com um vestido de noiva branco manchado de sangue, com o lema “We will survive!” (“Vamos sobreviver!”).
Na cidade siciliana, os organizadores escolheram “Migrar é humano” como lema da marcha, em apoio aos milhares de refugiados que chegam à ilha todo mês. Muitos deles são obrigados a fugir de seus países devido à sua orientação sexual.
Já em Lisboa, em Portugal, uma cartaz preto com fotos das vítimas abriu a marcha.
– O (atentado) de Orlando prova que a comunidade LGBT é vítima da violência e da discriminação. A primeira reação automática é o medo, mas depois vêm a unidade e o desejo de combater o ódio – defendeu Ana Aresta, uma das organizadoras.
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Em Vilnius, na Lituânia, cerca de 2 mil pessoas se reuniram, enquanto em Sófia, a capital búlgara, mil manifestantes realizaram um minuto em silêncio, agitando bandeirinhas com a mensagem #WeAreOrlando.