Em uma tarde de homenagens aotorcedor morto na madrugada de quarta-feira depois de ser atingido por uma pedra, o Avaí conseguiu uma vitória importante diante do Boa Esporte e voltou à vice-liderança da Série B do Brasileirão. Mas não foi sem sofrimento. Entrando em campo de branco, com faixas e balões, os jogadores lembraram João Grah e fizeram um primeiro tempo que daria orgulho ao torcedor. Mas no segundo tempo, apagou o meio de campo e lutou até o último minuto para manter o resultado. O 2 a 0 foi sofrido, mas importante na campanha do Leão que acumula 12 jogos sem saber o que é perder na Segundona.
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Domínio azurra
Desde o primeiro minuto de jogo na Ressacada, o Avaí dominou. A dupla Diego Felipe e Marquinhos namoraram o gol algumas vezes, com chegadas de velocidade e belas arriscadas. Com o pé abençoado, o capitão azurra fazia passes certeiros e encontrou Diego Felipe três vezes na área em apenas quinze minutos. Parecia questão de tempo até que o Leão abrisse o placar.
E foi. Depois de tanto servir, o camisa 10 recebeu a chance de deixar o seu. Em pênalti de Piauí em cima de Anderson Lopes, aos 17 minutos, Marquinhos não deu chance para o goleiro. Com um chute forte no meio do gol, estufou a rede do Boa Esporte e saiu para comemorar com a torcida. Era o quinto gol dele na Série B e o deixa a apenas sete de quebrar o recorde de Décio como o maior goleador da história da Ressacada.
O Leão continuou pressionando, com várias tentativas de Roberto e Diego Felipe que tiraram tinta da trave do Boa Esporte. O time mineiro, aliás, só lembrou o Avaí que estava em campo em duas oportunidades: um chute cruzado de Malaquias e uma bomba na entrada da área de Tomas.
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Desarrumação e sustos
Os minutos no vestiário desarrumaram o Avaí. O time tinha perdido um pouco de velocidade e abriu espaços nos minutos final do primeiro tempo, e isso só se acentuou na etapa completamentar. Os passes não encontravam ninguém e os nervos começaram a aflorar.
O Boa Esporte se aproveitava do vácuo no meio de campo do Avaí e chegava mais à meta. Mas o time de Varginha não conseguia finalizar. Diego, Tinga e Tomas tentaram, mas não encontraram o ângulo para furar o gol de Vágner. Inclusive, se Marquinhos se mostrou o cara do jogo no primeiro tempo, Vágner foi no segundo.
Ele salvou o Leão do que seria o gol de empate aos 27 do segundo tempo. Diego chegou pela direita e em um chute cruzado, fez o camisa 1 mostrar todo o seu talento. No rebote, com destino certo, foi a vez de Pedro Augusto fazer barreira para o próprio time e ajudar o time catarinense.
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Aos 29, Marquinhos acordou. Depois de derrubado na entrada da área, o capitão azurra cobrou e fez a Ressacada levantar – mesmo a bola só balançando a rede pelo lado de fora. Ele queria o segundo gol azurra e em uma disputa de bola, limpou e mandou uma bomba. João Carlos fez uma bela defesa.
Mas logo ele iria ajudar o Leão, e muito. Aos 45 minutos, o goleiro do Boa Esporte se atrapalhou em um chute de Júllio César pelo lado esquerdo, cabeceou e garantiu a vitória para o Avaí.
FICHA TÉCNICA
AVAÍ (2)
Vagner; Bocão (Julio César), Antonio Carlos, Pablo e Marrone (Eltinho); João Filipe, Eduardo Neto, Diego Felipe e Marquinhos; Anderson Lopes e Roberto
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Técnico: Geninho
BOA ESPORTE (0)
João Carlos; Tinga, Thiago Carvalho, Lula e Piauí (Francis); Josa, Wellington, Tomas e Clébson (Morato); Diego e Malaquias (Pedro Augusto)
Técnico: Nedo Xavier
Gol: Marquinhos (A), aos 19 do primeiro tempo. João Carlos (contra), aos 45 do segundo tempo.
Amarelos: Lula, Piauí e Josa (B), Eduardo Neto (A)
Arbitragem: Guilherme Ceretta de Lima, auxiliado por Cristhian Passos Sorence e Leone Carvalho Rocha
Local: Estádio da Ressacada, Florianópolis