Em Fortaleza, Itália e Espanha decidem vaga na final da Copa das Confederações

Foi há 362 dias, mas nem italianos, nem espanhóis se esquecem daquele domingo, 1º de julho. Quando a Euro 2012 foi decidida em uma goleada de 4 a 0, restou uma pergunta em todos os técnicos de seleção no mundo: como ganhar da Espanha?

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Naquele jogo, calaram-se os últimos que ainda reclamavam de uma campeã mundial com média de um gol por jogo. A goleada mostrou que a Espanha aprendera a exibir a superioridade no placar, e não só na posse de bola. E consolidou esse tipo de resposta de adversários.

– Se eu dissesse que vamos ganhar amanhã (nesta quarta), pareceria até louco – disse o goleiro italiano Buffon, na coletiva de imprensa dessa quarta-feira.

– Não há um jeito ideal de jogar contra a Espanha – complementou o técnico Cesar Prandelli.

Isso não quer dizer que os italianos não saibam como enfrentar os espanhóis. Se alguém sabe, são eles: antes do tufo da final da Euro, empataram na primeira fase da competição em 1 a 1, algo que Prandelli não cansa de repetir. O que o italiano não diz é a estratégia que colocará em campo.

– Temos de ter equilíbrio durante todo o jogo. Precisamos ter a coragem do segundo tempo contra o Brasil – afirma.

O que se sabe é: a Itália tentará entupir o meio-campo e deve montar um time com três zagueiros, com o craque Pirlo à frente deles. E especular na velocidade. E torcer para Gillardino ser efetivo como Balotelli, que voltou lesionado para Milão.

Na Espanha, nem adianta tentar dizer que não há favorito. Busquets, na coletiva, até tentou:

– Nessa altura, não existe favorito, qualquer jogada ou gol pode fazer com que você vá para casa.

Em seguida, reconheceu que, sim, óbvio, campeões mundiais e europeus são favoritos.

Desconversa tem limite. Talvez por isso o técnico da Fúria, Vicente Del Bosque, tenha falado pouco.

Afinal, seu time é quase o mesmo daquele 4 a 0. A Espanha virou estudo de caso para qualquer técnico e nem os misterinhos que podiam surgir sobreviveram à semana – Soldado e Fábregas, que sentiam dores musculares, treinaram e podem jogar. Del Bosque conseguiu só manter a dúvida no gol, entre Casillas e Valdés.

Prandelli, que levou os quatro mas herdou a vaga da campeã do mundo para a Copa das Confederações, teve um ano para descobrir como se para a Espanha. Se conseguiu, saberemos nesta quinta-feira, às 18h ou pouco depois, direto do Castelão.