Em clima hostil, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), chegou em Florianópolis na manhã desta sexta-feira para anunciar o repasse de R$ 156,7 milhões para a pasta em Santa Catarina e uma linha de crédito para os hospitais filantrópicos de R$ 3 bilhões para o Brasil. Antes mesmo de se encontrar com os secretários de saúde e gestores do setor, Barros foi recepcionado por cerca de 200 servidores públicos da saúde da Capital, que estão em greve desde o dia 9 de janeiro.

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Dentro do auditório, no entanto, o clima foi de otimismo. Os valores anunciados – R$ 30,5 milhões de verbas contingenciadas do último ano e R$ 126,2 milhões de emendas parlamentares – foram recebidas com alívio para os gestores catarinenses. Ao todo, são 55 serviços distribuídos em 35 municípios voltados para os atendimentos de urgência e emergência, custeio de serviços hospitalares e ambulatoriais

— Todos os pedidos de Santa Catarina foram atendidos, indistintamente. Haverá, sim, um grande avanço no Estado para a área de saúde. Estamos fazendo o possível diante da situação fiscal que passa o Brasil.

Além da iniciativa, o Ministério da Saúde anunciou uma linha de crédito junto ao BNDES para os hospitais filantrópicos do Estado. Para aquelas instituições que aceitarem, o prazo para pagar a linha de crédito passará para 120 meses. Além disso, os valores ficam limitados à capacidade de pagamento de cada entidade.

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— Acho que isso vai ajudar os hospitais que estão em condição difícil. Certamente vai dar um fôlego e ajudar a melhor a qualidade no atendimento — o Somente o secretário estadual de Saúde, Vicente Caropreso.

Protesto em frente ao evento

Se do lado de fora da sede do Conselho Regional de Contabilidade o clima era de tensão com protesto dos servidores, dentro do auditório a manifestação dos servidores foi minimizada. Questionados sobre o protesto, secretários municipais e políticos que estavam presentes no evento não quiseram repercutir o protesto. Somente Caropreso fez uma declaração e afirmou que as negociações devem ser tratadas somente com os gestores do município.

— Nós achamos que toda a greve na área da saúde é perniciosa para a população. E eu acho que nós temos que respeitar a hierarquia e os níveis — concluiu.

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O prefeito de de Florianópolis, Gean Loureiro (PMDB), que era esperado no encontro não compareceu. Segundo a assessoria, Gean “tinha outros compromissos pré-agendados.

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