Em entrevista ao Fantástico na noite deste domingo, a ex-primeira-dama Rosane Collor contou os bastidores do período em que viveu ao lado do então presidente Fernando Collor.
Continua depois da publicidade
Ela confirmou que, nos porões da Casa da Dinda – residência oficial do presidente – ocorreram rituais de magia negra. Ela disse ainda que temeu pelo suicídio de Collor depois do impeachment.
Rosane, que está separada de Collor desde 2005, disse ter medo do ex-marido:
– Me considero um arquivo vivo. Se algo acontecer, o responsável maior será Fernando (Collor).
Sobre os rituais de magia, ela confirmou que incluiam animais mortos, despachos em cemitérios e preces para o mal de inimigos do então presidente:
Continua depois da publicidade
– Fernando (Collor) fez ritual de ficar isolado na Casa da Dinda, no porão. Ficou três dias isolado, se consagrando, dormindo na esteira, de roupa branca. Ele acreditava que pessoas desejavam mal a ele e que, nesse caso, o mal voltava para aquelas pessoas.
A ex-primeira-dama, que promete um livro de memórias para breve, disse ainda que o presidente mentiu ao dizer que PC Farias, o ex-tesoureiro da campanha de Collor e que acabou se tornando pivô do seu impeachment, não frequentava a Casa da Dinda.
– PC continuava indo lá, tomava café da manhã na Casa da Dinda. Ele disse que não (na TV, antes do impeachment). Uma vez por semana ele ía lá, com Collor presidente. Depois das noticias ruins, nunca mais veio à casa.
Depois do impeachment, Rosane disse que o ex-marido ficou depressivo. Em entrevistas recentes, Collor disse que pensou em suicídio – hipótese confirmada por Rosane:
Continua depois da publicidade
– Procurei tirar as armas que tinham dentro de casa, até por precaução. Durante muito tempo, problemas de insônia, ficava angustiada achando que ele podia fazer alguma coisa. Se ele levantasse da cama eu já acordava. Eu achava que ele pudesse cometer o suicídio.