A mulher considerada o símbolo da democracia em Mianmar, Aung San Suu Kyi, obteve um assento na bancada legislativa – que será seu primeiro cargo público – nas históricas eleições deste domingo, disse seu partido.

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A vitória de Suu Kyi, ainda a ser confirmada, constituirá um marco nesta nação do sudeste asiático, a qual os militares governaram quase que exclusivamente durante meio século enquanto as autoridades buscam legitimidade e o crescimento das sanções ocidentais.

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A proclamação do triunfo da dirigente foi projetada em um letreiro digital instalado no topo da sede do principal partido opositor ao atual regime, a Liga Nacional para a Democracia, na principal cidade do país, Rangon. Anteriormente, o partido havia informado que Suu Kyi aparecia com 65% dos votos em 82 dos 129 centros eleitorais de seu distrito.

As cifras são extraoficiais porque a comissão eleitoral não divulgou resultados parciais do pleito deste domingo. Milhares de eleitores foram às urnas determinados para que a famosa ex-prisioneira política garantisse um posto no Parlamento. A vitória marcaria uma nova era na carreira de Suu Kyi, que já se estende por 24 anos, mas a maioria deles transcorridos em prisão domiciliar.

As eleições foram convocadas neste domingo para preencher 45 vagas entre os 664 assentos no parlamento nacional, sem resultar em uma mudança no equilíbrio do poder do novo governo nominalmente civil, mas que permanece sob forte influência dos generais aposentados. Suu Kyi e outros candidatos opositores quase não terão peso legislativo relevante caso ganhem os postos para os quais disputam.

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