Discursos que antecederam a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, por 379 votos a 131, praticamente ignoraram a participação — mesmo que tímida — do presidente Jair Bolsonaro no assunto.

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Responsável pelo envio do texto ao Congresso, Bolsonaro não foi a figura mais relacionada, pela grande maioria dos partidos, à medida de reestruturação das regras de aposentadoria. No Parlamento, nem o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem esse título.

É do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o primeiro nome associado à reforma da Previdência, cuja votação, em segundo turno, deve ocorrer nesta quinta-feira (11). Como de costume, líderes dos maiores partidos da Casa subiram à tribuna pouco antes da votação mais importante do projeto.

Naquele momento, foram feitos relatos sobre a articulação em favor da reforma. Ficou claro que a Câmara, especialmente Maia, assumiu o protagonismo.

— Espero que o Congresso possa ser responsável pelo que pode acontecer de bom com o Brasil após a aprovação da reforma — disse o líder do PP, Arthur Lira (AL).

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Lira é um dos deputados mais influentes. O PP integra o centrão — grupo de partidos independente ao governo e que, juntos, representam maioria da Câmara.

— Essa é uma reforma do Parlamento brasileiro — afirmou o líder do Solidariedade, Augusto Coutinho (PE).

— Uma votação que mostrará de vez o compromisso que a Câmara dos Deputados tem com o futuro dos brasileiros e com o futuro do Brasil — descreveu o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA).

Foi o PSL, partido de Bolsonaro, que deu origem aos aplausos no plenário a Maia, chamado, pelo líder da sigla, Delegado Waldir (GO), de o "grande conduto dessa reforma".

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— Sem Rodrigo Maia, nós não chegaríamos a este momento. […] É, sem dúvida, a pessoa que eu mais admiro neste momento — concluiu.

Aprovado por 379 a 131, o texto-base da reforma da Previdência não é considerado ideal pelo time de Guedes, mas, como dizia o relator, é a versão com ampla maioria na Câmara.

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