O otimismo verificado nos mercados financeiros mundiais ontem também se refletiu na bolsa de Tóquio. Em dia eufórico, o índice Nikkei fechou em alta de 1.171,14 pontos (14,15%), aos 9.447,57 pontos, o maior dos últimos 60 anos.
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A Bolsa de Valores da Coréia do Sul também se reanimou com as novas intervenções no sistema financeiro coordenadas por governos da Europa e Estados Unidos. O índice Kospi ganhou 6,14%, enquanto o indicador de valores tecnológicos Kosdaq finalizou em ascensão de 7,65%.
Os investidores voltaram a acreditar no mercado de valores de Hong Kong, que se recuperou e concluiu a sessão em alta de 3,19% (Hang Seng). O mesmo ocorreu em Cingapura, com lucro de 6,35%.
A Bolsa de Xangai não acompanhou o desempenho dos principais mercados da Ásia, e terminou o dia e fechou no vermelho: 1,21%.
Novo plano
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O governo do Japão anunciou nesta terça-feira medidas para reforçar o mercado de ações e o sistema financeiro do país. O anúncio ocorre após a euforia que tomou conta das bolsas dos Estados Unidos e da Europa ontem com a ação coordenada de países ricos para socorrer instituições financeiras.
Segundo o The Wall Street Journal, o plano japonês incluirá a facilitação das condições de recompra de ações e a permissão para injeção de recursos em bancos regionais, tendo como objetivo melhorar a confiança nos mercados domésticos. O governo pretende reforçar os preços das ações japonesas e o mecanismo de proteção contra falências do sistema financeiro. Para fortalecer os preços das ações, o governo facilitará as condições para que as empresas comprem seus próprios papéis.
Atualmente, as companhias japonesas listadas na bolsa estão impedidas de adquirir mais que 25% de suas ações em circulação no período de 4 semanas e de comprar papéis durante pelo menos 30 minutos do pregão.
– Estas regras serão completamente abolidas – disse o ministro das Finanças do Japão, Shoichi Nakagawa. O governo também suspenderá a venda de suas ações em bancos locais.
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O governo e o Banco do Japão (BOJ, o banco central do país) compraram cerca de 3,6 trilhões de ienes (US$ 3,53 bilhões) em papéis dos principais bancos do país entre 2002 e 2006 num esforço para resolver os efeitos do estouro da bolsa nos anos 90. Desde 2006, eles venderam 1,8 trilhão de ienes destas ações. Em conjunto com a decisão do governo, o Banco do Japão suspenderá a venda de seus papéis nas bolsas.
Gráfico: entenda a crise financeira