O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli presta depoimento nesta terça-feira à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado. A reunião ocorre desde às 10h15min, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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Nesta semana ainda será ouvido o ex-diretor Internacional da empresa Nestor Cerveró, cujo depoimento foi marcado para quinta-feira. A presidente da Petrobras, Graça Foster, será ouvida no próximo dia 27.
Esses requerimentos foram aprovados em reunião da CPI da Petrobras na semana passada, junto com dezenas de outros requerimentos de convocação.
Eixos de investigação
Na reunião do colegiado, o relator da CPI, o senador José Pimentel (PT-CE) também apresentou um plano de trabalho com quatro eixos, correspondentes aos quatro temas a serem apurados pela CPI. Os trabalhos vão se concentrar nos negócios da Petrobras entre 2005 e 2014. O primeiro eixo de investigação diz respeito à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que teria causado à estatal perdas superiores a US$ 1 bilhão.
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Para investigar a denúncia de que a companhia holandesa SMB Offshore pagou propina a funcionários da Petrobras para fechar contratos com a estatal brasileira, o relator da CPI propôs a análise de documentos já produzidos pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ele quer saber ainda se há investigações em curso na Holanda.
Quanto à denúncia de falta de segurança no lançamento de plataformas ao mar, a CPI quer saber se a Petrobras assegura aos trabalhadores mecanismos de segurança devidamente certificados. Além disso, vai questionar quem são os responsáveis pelos acidentes em plataformas, como o da P-36, e se na plataforma P-62 faltam equipamentos primordiais à segurança dos trabalhadores.
O quarto e último eixo de investigações da CPI da Petrobras está relacionado a indícios de superfaturamento na construção de refinarias. Pimentel lembrou que as denúncias de sobrepreço nas obras da Refinaria Abreu e Lima e da Refinaria do Nordeste já estão sendo apuradas por outros órgãos de controle.