O motorista Jonas da Silva, 43 anos, que dirigia o ônibus que caiu na praia em Itapema, prestou depoimento nesta segunda-feira à tarde à Polícia Rodoviária de Itapema. Em uma conversa rápida com o inspetor chefe da PRF metropolitana de Itajaí, João Atadeu de Melo, o condutor do veículo contou que não se lembra do que aconteceu na hora do acidente.

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Segundo ele, o ônibus da Autoviação Catarinense saiu da rodoviária de Itapema por volta de 10h40min de domingo, e a última lembrança na BR-101 é das proximidades do Hotel Plaza. Depois disso, Jonas só se recorda de ser atendido pelo Corpo de Bombeiros.

– Fui atendido na praia e aí só voltei a acordar no hospital. Se falar mais ou menos estarei mentindo, porque é só isso que eu lembro – afirma.

Morador de Palhoça, o motorista está hospedado em Balneário Camboriú para que, se necessário, a PRF tenha mais facilidade em contatá-lo em relação ao inquérito. Ele teve apenas ferimentos leves, com alguns pontos na testa e queimadura no braço, mas ficará afastado do trabalho por alguns dias para recuperação física e emocional. Em 10 anos como motorista, esse foi o primeiro acidente em que Jonas se envolveu.

– Levei um susto muito grande. Quando acontece com outra pessoa você só imagina, mas quando é com a gente, é diferente – comenta.

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Acidente

O depoimento de Jonas vai complementar as informações coletadas pela PRF no local do acidente, que farão parte de um boletim preliminar. O prazo é de cinco dias úteis para que esse documento seja concluído. Depois disso, as conclusões serão encaminhadas para a Polícia Civil.

Conforme o inspetor Melo, o motorista se mostrou tranquilo durante toda a conversa. Inicialmente o bate-papo foi sobre questões familiares, apenas para testar as condições emocionais de Jonas. Depois, o depoimento partiu para as questões profissionais, como horários e itinerários, que foram respondidas corretamente. Por último foi a vez do acidente, que o motorista diz não recordar.

– Conversamos com a empresa e com conhecidos dele, e não há histórico de diabetes ou pressão alta, por exemplo. Aparentemente foi um mal súbito sem agravante anterior – explica Melo.

Com a apuração das causas do acidente, a Autoviação Catarinense também pode ser penalizada. A mureta danificada e se houve ou não dano ao meio ambiente com a queda do ônibus também entram no relatório da PRF.

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