Antes mesmo do início da sessão, o clima tenso tomou conta do local. Deputados do PT tentaram impedir o início da sessão alegando falta de quórum, houve bate-boca e empurra-empurra. O deputado Jair Bolsonaro (PP- RJ) provocou os manifestantes dos direitos dos gays que estavam na sala, vociferando que “acabou a festa gay”.

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Em menos de duas horas, Marco Feliciano e os deputados de seu partido ignoraram os gritos dos manifestantes e o pedido de palavra dos deputados contrários a sua eleição. O deputado Jair Bolsonaro chegou a mandar a deputada Érika Kokay (PT-DF) calar a boca. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), ex-presidente da comissão, saiu em defesa da colega de partido, e discutiu com Bolsonaro. Dos oito requerimentos que estavam na pauta, seis foram votados.

Após várias tentativas frustadas de ter direito a palavra, o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), autor do projeto que criou a Comissão de Direitos Humanos, finalmente foi atendido. Primeiramente, Feliciano demonstrou não conhecer o parlamentar, mas depois disse ter se inspirado no trabalho dele. Nilmário avisou que estava se retirando da comissão.

– Sua eleição pode ter legalidade, mas não tem legitimidade – afirmou.

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Mesmo sob forte pressão, o pastor disse que não vai ceder. Ele pediu desculpas se alguém se sentiu ofendido por alguma colocação sua e colocou seu gabinete à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas. Na saída, o parlamentar precisou sair escoltado por seguranças para enfrentar os protetos de manifestantes que haviam ficado do lado de fora.