A palavra vibrante de Paulo Blasi

Por volta de 1954/55, ainda na faculdade de Direito, tive o privilégio de conhecê-lo. Datam de então suas primeiras aulas de Direito Administrativo, a segurança e a fluência que marcariam sua cátedra. Recém-formado, iniciou-se na advocacia. A tribuna do júri cativou sua palavra vibrante.

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Memoráveis duelos verbais se ouviam, à época, entre ele e outros advogados e os promotores de Justiça. Nomeado pelo governador Irineu Bornhausen para procurador-geral do Estado, então com a dupla função de defensor do Estado e chefe do Ministério Público catarinense, afastou-se da banca de advogado. Retomou-a no início dos anos 1960, com o irmão Aluízio, especialmente na defesa de servidores públicos atingidos por reforma administrativa do governo Celso Ramos.

Ao ingressarmos no Conselho da OAB, em 1966, a palavra do dr. Paulo era das mais credenciadas do órgão, tratando sempre com simpatia os calouros do Conselho, eu e o dr. Ênnio Luz. Na escolha de novo conselho, em 1989, foi o mais votado, sucedendo-me na presidência. Culto, inteligente, hábil argumentador, ético e operoso, era também firme e determinado ante injustiças. Sem dúvida, uma das mais expressivas figuras da história da advocacia catarinense.

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