O cantor sertanejo Léo, após quase 30 anos ao lado do irmão Victor, agora investe na car reira solo e traz para Santa Catarina o show da turnê Identidades. A apresentação será neste sábado, 20, a partir das 21h, na Arena Petry. O novo projeto que foi lançado no final do ano passado será apresentado em formato drive in. 

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Em suas novas produções há canções que passam pelo brega refinado, arrocha, pop, pop-rock, balada romântica, R&B, folk e até sofrência. Tudo isso, claro, sem deixar de lado a raiz sertaneja que o consagrou musicalmente.

Além de cantor, Léo é compositor, arranjador e produtor. Também é empresário do agronegócio e atua como escritor e palestrante. Em entrevista o cantor falou sobre esse seu lado multifacetado e também sobre as inovações do showbusiness, que precisou se adaptar com a realidade imposta pelo combate ao novo coronavírus. Confira na íntegra a entrevista:

A turnê Identidades apresenta uma diversidade musical, como foi escolher o repertório para esse trabalho?

Ela partiu de muitas experiências em shows corporativos, cantando estilos diferentes, já que o público corporativo prefere essa diversidade musical, um show com variedade. Fui experimentando o que as pessoas gostavam de cada gênero. Então, hoje eu levo realmente um leque de estilos diferentes pro show, o que fundamenta o nome da turnê “Identidades”. São várias experiências sob a ótica da interpretação em cima do palco.

Carreira solo, palestrante e escritor. A palavra reinvenção parece estar destacada em seu dicionário. É isso mesmo?

Sim, a palavra reinvenção esteve presente muito intensamente na minha vida, especificamente nos últimos 5, 6 anos. Quando comecei a fazer palestras trabalhei muito a comunicação. Eu estudei muito, fiz muitos cursos, e isso me trouxe obviamente ao universo de palestras e se tratou realmente de uma invenção, porque foi muito difícil escalar esse muro. Eu nunca imaginei ser um grande comunicador ou até mesmo um palestrante, me custou muito suor, a fatura foi alta. Mas deu certo e eu tô muito feliz com isso. Diante da carreira solo também se trata de uma reinvenção total, talvez até um pouco mais difícil, porque depois que você vem de uma grande marca como Victor & Leo, ao construir uma outra as pessoas sempre vão associar ao que você fez, ainda mais sendo sucesso como foi. Então, é difícil cravar a sua marca nesse contexto, mas eu sou um cara que adora desafios, e nunca desisti do que eu determino como meta na minha vida e objetivo.

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Você já realizou algumas lives, como está lidando com esse novo formato de divulgação do trabalho?

O universo das lives é novo pra muita gente, inclusive pra mim. A gente vem se experimentando a cada live e aprendendo muito. É importante ter reuniões constantes de feedback educativo, alinhamento, pra você poder ir corrigindo e entendendo como funciona realmente esse universo da tecnologia digital, no qual você obviamente e diretamente impacta muito mais pessoas do que um show normal em uma cidade. Antes você fazia um show normal, numa cidade qualquer, e você impactava no máximo um raio de 100km de pessoas que vão ao seu show. Hoje com as lives você impacta pessoas de todos os estados do Brasil e de vários países. Ou seja, o impacto disso é muito mais forte. Há que se ter muito cuidado também pra não se expor de uma forma negativa. Mas, acho que o universo das lives chegou pra ficar, principalmente no que diz respeito às publicidades, que eu sempre fiz muito, sempre dei muita importância a isso. Eu tenho um network amplo, investi nisso, e isso me facilita bastante hoje no trabalho com as lives. É uma coisa que veio pra ficar, sem dúvida nenhuma, pelo impacto que tem, mais abrangente.

O que tem feito durante a quarentena? Tem aproveitado mais tempo em família?

Fortalecer os vínculos familiares tem sido realmente a grande oportunidade diante da quarentena, e eu tenho aproveitado muito bem isso. Fico muito com os meus filhos e a minha mãe está comigo também. Aproveito pra participar mesmo do dia a dia dos meus filhos, acompanhar nos estudos, nas relações entre eles, nas atividades, e isso tem sido muito positivo. Acho que na vida você tem que entender que por mais arenosa que seja uma estrada, você sempre pode tirar proveito daquilo, você sempre pode conseguir caminhar e seguir em frente e não parar diante das dificuldades que a pandemia propõe. Essa é a minha ótica: tirar o melhor daquilo que parece ser o pior.

Já fez algum show em drive-in? Qual a expectativa para a apresentação de sábado?

Os shows em drive-in tratam-se de uma grande inovação no mercado do showbusiness. É importante ressaltar os cuidados necessários para realizar um evento desse. Eu não fiz nenhum ainda, já havia tido uma oportunidade, mas não abraçamos diante das dificuldades na cidade em que foi proposto. Agora, em Florianópolis, a gente conseguiu fechar todas as pontas como segurança no local, segurança sanitária, viabilidades burocráticas, acessibilidade, todas essas questões ajudaram. Eu tenho uma identificação muito grande com o público de Santa Catarina, sempre tive! Hoje, de certa forma, levo a música do Victor & Leo pras pessoas, pro púbico, além das minhas e isso requere uma responsabilidade enorme em cima do palco. A minha expectativa pro sábado é de que seja um evento marcante pra todos que estarão lá e pro Brasil inteiro que vai assistir a live.

Acha que vai conseguir sentir o calor do público catarinense mesmo com o frio que está fazendo no estado e com as pessoas dentro dos carros?

Eu Victor gravamos “Ao Vivo em Floripa” há uns anos atrás e foi um dos melhores DVDs da carreira do Victor & Leo. Naquela noite estava muito frio e, obviamente a gente nem percebeu porque o calor das pessoas diluía todo o frio. É impressionante a forma como sou recebido em Santa Catarina. Há pouco tempo fiz um show em Brusque e foi da mesma forma, um calor incrível, uma energia incrível! Eu tenho certeza de que nós vamos conseguir fazer de uma noite comum uma noite muito inovadora, especial e marcante pra todo mundo. É um privilégio poder voltar a Florianópolis.

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