Grande favorito ao tricampeonato estadual, o Santos pode até ser surpreendido e perder o título do Paulistão para o Guarani. Porém, se isso acontecer não será por soberba, “oba-oba” ou falta de concentração dos jogadores. Às vésperas da nona final nos últimos quatro anos, o grupo do Peixe está “fechado” para a decisão deste domingo, no Morumbi.
Continua depois da publicidade
Mesmo contra um adversário de qualidade inferior, o técnico Muricy Ramalho adotou algumas medidas para conter os ânimos do elenco. Antes do treino da última quinta-feira, o comandante alvinegro reuniu a equipe, assim como já havia feito na quarta, e conversou com os atletas por cerca de 20 minutos. No bate-papo, o treinador exigiu foco do grupo e pediu para que os santistas não se expusessem na mídia. Matérias especiais, ensaios fotográficos e participações em programas televisivos foram vetados. O atendimento à imprensa foi permitido apenas dentro do CT Rei Pelé, ainda assim com algumas restrições.
Com isso, Muricy espera preservar o grupo e também evitar dar “munição” ao time de Campinas com declarações que podem ser interpretadas como provocativas. Os jogadores, já acostumados com o clima de decisão, não se importaram com as determinações. Pelo contrário. O capitão Edu Dracena, inclusive, destaca a importância de o grupo se “fechar” neste momento.
– Esse é um momento que o Santos está acostumado e reage bem. É bom, porque os jogadores ficam mais concentrados e, quando entramos assim, é muito difícil sairmos derrotados – disse o zagueiro.
A diretoria santista também evita comentar sobre qualquer assunto que não seja a final do Paulistão. Até mesmo a negociação para a ida de Ibson ao Flamengo é evitada pelos cartolas.
Continua depois da publicidade
– Nos recusamos a tratar de contratações e dispensas no âmago de duas decisões. Na janela do meio do ano discutiremos isso – afirmou o presidente Luis Alvaro Ribeiro. Por enquanto, o foco é total no Bugre.