Setor de serviços cresce em SC mais do que no país, mas Estado precisa identificar com rapidez se essa representação está de acordo com o modelo de desenvolvimento catarinense.
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Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o dinheiro movimentado pelo setor de serviços catarinense cresceu 20% de 2011 para 2012 – no mesmo período, a evolução no país foi de 8,2%. É um indicativo de que o Estado caminha para o que países mais avançados já estabeleceram como meta há tempos: ter nos serviços a maior representatividade da economia.
Com movimentação financeira superior a R$ 41 bilhões, o crescimento é um termômetro de que a economia catarinense, de uma forma geral, vai bem. Responsáveis por 50% da riqueza gerada pelo Estado, os serviços são reflexo de que os setores primário e secundário avançam e injetam dinheiro para manter a demanda por serviços aquecida – quando extrativismo, agricultura, pecuária e indústria vão mal, a tendência é de que o setor terciário também vá. A favor dos números de Santa Catarina ainda está uma mudança de modelo de gestão adotada na indústria, que seguiu tendência mundial e foi determinante para o avanço dos serviços no Estado. Enquanto, há uma década, eram as fábricas que executavam desde a produção até a entrega, hoje essas atividades são terceirizadas, principalmente transporte, logística e gestão (RH, manutenção preventiva, administração, etc.).
O setor de serviços nos Estados Unidos e na Europa está em retração, com os americanos na casa dos 57% da economia e os europeus, 47% – no Japão, o índice é de 70%. O que Santa Catarina precisa é identificar com rapidez se a representação dos serviços está de acordo com o modelo de desenvolvimento e cuidar para que a alta expressiva não acabe, lá na frente, sendo um problema para a estrutura econômica.
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