Depois da demissão do técnico Doriva e do executivo de futebol Nei Pandolfo, o Criciúma busca novas lideranças para a reta final do Campeonato Catarinense. O presidente Jaime Dal Farra disse que o desempenho do time, principalmente nos últimos cinco jogos, acendeu o alerta, e a diretoria resolveu dispensar os dois. Com uma mexida no grupo, Dal Farra acredita que ainda dá tempo de buscar a classificação no Estadual.
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— Uma decisão difícil, a gente tinha um planejamento com essa comissão e direção de futebol, e avaliando com os vice-presidentes e diretores chegamos à conclusão de que os resultados não eram bons, apenas satisfatórios, entendemos que deveria haver a mudança. A gente têm planos, estão mantidos, de estar no G-4 do estadual, a gente acredita que tem possibilidade. Três clássicos em casa e os jogos fora contra os últimos colocados, então entendemos que podemos fazer seis vitórias e estar no G-4, que é o que a gente planeja — projetou o presidente.
Com um resultado abaixo do esperado, Pandolfo também sofreu cobranças, já que teve participação ativa na formação do elenco atual. Dal Farra disse que quando o contrato com o clube foi renovado, em dezembro, ficou acertado que se o Criciúma não chegasse às finais, o acerto entre os dois seria desfeito.
— A gente vinha avaliando, cobrando do Doriva, do Ricardo Rocha, fiquei muito preocupado com o jogo do Hercílio, realmente não estivemos bem. Sábado (contra o Marcílio Dias) o time também não produziu o que a gente entendia, o que a gente espera de um perfil, que seja aguerrido, sangue nos olhos, nas veias, comendo grama, que venha à altura da tradição do Criciúma, um time que tem que estar disputando o título do Estado — comentou.
De acordo com o presidente, um novo executivo de futebol deve ser apresentado até o final da semana e depois ocorrerá a definição do técnico. Dal Farra disse que há possibilidade da chegada de reforços, porém destacou que o investimento nesse elenco foi alto e é o terceiro do campeonato, ficando atrás somente de Chapecoense e Avaí.
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— Dificuldade de mercado, centroavante não existe, e quando tem não é o perfil que a gente quer, então a gente priorizou trabalhar com o menor erro possível, houve muitos erros ano passado, jogadores que não aproveitamos. A gente prefere jogar com o que temos, e entendemos que o plantel é muito bom, muito forte, de qualidade, fez excelentes jogos e poderia estar ganhando, não poderia ter essa postura principalmente de acomodação. Jogar uma decisão, se olhar o jogo de sábado o Marcílio vibrava com qualquer bola, e nosso time vai para cá, para lá, sem uma organização e até parece sem objetivo — criticou.