De um lado a líder invicta do campeonato e único time da Série A nacional que ainda não perdeu uma partida em 2016. Do outro, um time que há quase um mês não vence um jogo, que vê a cada rodada a zona de rebaixamento ficar mais perto e que vem a campo com o terceiro treinador diferente no Estadual. De igual nos dois lados só as cores do uniforme. Os alviverdes Metropolitano e Chapecoense se encaram domingo, às 18h30min, em Jaraguá do Sul, em pontas distintas da tabela em uma partida que pode ditar o ritmo de ambas nas duas rodadas finais do Campeonato Catarinense.
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::: Confira a classificação do Campeonato Catarinense
Para o Metrô a rodada é o começo de uma trilogia que, ao fim, pode ser uma história de terror ou de superação. Três partidas para o fim do Estadual e o Verdão tem pela frente Chapecoense, Criciúma e Figueirense, com o Camboriú e o Guarani de Palhoça correndo atrás para tentar se safar do rebaixamento e jogar o Metrô na zona da degola. Não é a toa que o treinador Cesar Paulista mostra preocupação.
– De todas as vezes em que assumi o time, essa (a quinta passagem) é sem dúvida a mais difícil. Pelos times que temos pela frente e pelo número de partidas, não tem margem de erro agora – avalia Cesar, que assumiu o comando na segunda-feira após a demissão de Caco Espinoza.
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Experiente e familiarizado com o elenco do Metrô, Cesar diz que nesta altura do campeonato não adianta querer inventar. Do time que vinha jogando até agora a principal mudança deve ser a ida de Peu para o banco de reservas e a entrada do volante Elber no meio-campo. Um time mais conservador para correr menos riscos contra a Chape, mesmo jogando em Jaraguá do Sul.
– Nem tudo que estava sendo feito até agora estava errado, mas nem tudo estava certo. Passei para os jogadores que se cada um jogar o máximo que pode, temos uma pequena chance de vencer. Depende deles, não sou o salvador da pátria – dispara o técnico.
Cesar gostaria de poder contar com o meia Harrisson, mas ele ainda não tem condições de começar jogando. Deve, no entanto, viajar com a equipe e ficar como opção no banco. O zagueiro Elton sentiu algumas dores durante a semana, mas treinou entre os titulares na sexta-feira. A carta na manga do treinador é Willian Rodrigues, que pode substituir Elton se for necessário ou servir de opção para fechar a lateral-esquerda no lugar de Juninho ou compor o meio-campo na vaga de Pink.
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Do lado da Chapecoense também existem algumas baixas. Silvinho, Gil e Willian Thiego foram expulsos na última rodada contra o Figueirense e são desfalques. Dois pontos atrás do Joinville na classificação do returno, o time do Oeste busca a vitória para tentar um título antecipado, sem precisar disputar a final.
Histórico de Cesar anima o torcedor
O fator histórico, no entanto, pode dar uma alegria ao torcedor blumenauense. Das quatro vitórias que o Metropolitano tem na história contra a Chape, duas foram com Cesar Paulista no comando da equipe, em 2008, ano em que o Metrô se classificou para a Série C do Brasileiro e a Chapecoense ficou sem calendário. Oito anos depois a história é bem diferente. Se o Camboriú vencer o Criciúma no sábado, o time de Blumenau já entra em campo domingo na zona de rebaixamento. A última vitória do Verdão no confronto foi em 2010.
Ficha técnica:
METROPOLITANO
Samuel; Iago, Ricardo Lima, Elton e Juninho (Willian Rodrigues); José Lucas, Pink, Elber e Diego (Ramon); Rafinha e Tiaguinho. Técnico: Cesar Paulista.
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CHAPECOENSE
Danilo; Gimenez, Neto, Marcelo e Dener; Moisés, Cleber Santana, Hyoran e Ananias; Bruno Rangel e Maranhão. Técnico: Guto Ferreira.
Domingo, às 18h30min
Local: Estádio João Marcatto em Jaraguá do Sul.
Arbitragem: Ronan Marques da Rosa, auxiliado por José Roberto Larroyd e Carlos Felipe Schmidt.
Ingressos: Arquibancada descoberta, R$ 30; Coberta, R$ 50, Cadeira Central, R$ 100.