Até pouco tempo atrás, as idas de Beatris Bittelbrun Kohler até o estádio Augusto Bauer eram para torcer para o Brusque. Mas a professora de Educação Física um dia foi chamada para substituir uma das gandulas que havia faltado. O mesmo aconteceu com Maria Aparecida dos Anjos, que assistia um jogo da arquibancada quando foi convocada para assumir o cargo. Hoje, fazem questão de continuar na função, tanto pela oportunidade de acompanhar as partidas de uma visão privilegiada como pelo fato de terem feito novas amigas.

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Entre essas amigas estão as estudantes de Educação Física, Karen Soares da Silva e Andréia Bósio, além de Ariel Larissa Cuchi, que sempre que pode ajuda a organização de campeonatos amadores em Botuverá trabalhando como mesária. Todas afirmam sem pensar que, se precisar, estarão presentes nos próximos campeonatos.

– Não tem lugar melhor para assistir o jogo. É muito legal porque a gente pode ver a reação dos jogadores e também da torcida – resume Beatris.

Para elas, uma das maiores dificuldades é deixar de torcer. Afinal, quem não torcia agora pelo menos tem uma simpatia pelo clube da cidade. É o caso de Andréia, que admite ter se controlado algumas vezes para não comemorar um gol do Bruscão. Ela e Ariel, aliás, moram em Botuverá e viajam cerca de 20 quilômetros cada vez que tem jogo no Augusto Bauer.

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– Eu gosto de futebol, mas não tinha essa ligação com o time da região. Agora, a gente até valoriza mais – conta Andréia.

Apesar disso, todas fazem questão de dizer que, na hora do jogo, o profissionalismo fala mais alto. E não tem essa de malandragem de demora na hora de devolver a bola.

– Recebemos a orientação antes do campeonato e sempre é reforçado antes de entrarmos em campo. Precisamos separar o trabalho do lado torcedor _ diz Andreia.

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Elas também elogiaram a postura do torcedor brusquense que, segundo elas, sempre as tratou com respeito. E esse é um dos motivos que a fazem querer continuar na função. Além do laço de amizade que todas criaram.