Preocupados com o percentual das finanças estaduais comprometido com o pagamento da dívida com a União, Raimundo Colombo e outros cinco governadores estiveram nesta quinta-feira em Brasília para discutir maneiras de pressionar a União.

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Reunidos no Congresso, representantes de 11 entidades federativas apresentaram argumentos para reestruturar a fórmula atual. O próximo passo será formar um grupo de secretários da Fazenda de cada Estado, a fim de construir um documento para ser levado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Santa Catarina reserva hoje 13% do orçamento para quitar o débito com a União, que chega a R$ 10 bilhões. Por mês, os cofres estaduais perdem R$ 150 milhões. Por isso, Colombo luta para construir uma nova fórmula junto à equipe econômica do governo federal.

Por enquanto, o Planalto sinaliza apenas com a possibilidade de alterar o indexador da dívida – hoje IGP-DI para a taxa Selic -, mas ainda não há consenso sobre a proposta entre os Estados.

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– A dívida está com o indexador errado, sobe muito acima da inflação e muito acima do custo do dinheiro no mercado. Isso sem falar na guerra dos portos que vai tirar mais recursos dos estados – avalia Colombo.

Na opinião do governador, caso os juros fossem reduzidos, seria possível uma economia de R$ 50 milhões mensais. Caso consiga reverter o quadro, Colombo promete utilizar a verba para construção de hospitais, estradas, além de investimentos nas áreas da segurança pública e da educação.