A seleção da Rússia vive um dos piores momentos técnicos da sua história. Tanto que nesta semana os líderes do grupo reclamaram das fortes críticas feitas por parte da imprensa local. O fato é que, no dia da abertura da Copa do Mundo 2018, os jornalistas russos esperam muito pouco do time local.
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— Os resultados em geral são muito ruins. As expectativas não são altas, mesmo sediando a Copa. Muitas pessoas estão nervosas com o desempenho nos últimos amistosos, que foram realmente muito ruins. Nos últimos dois jogos, chutamos apenas uma vez ao gol. A defesa é um problema, o ataque é um problema. Tudo é um problema — critica Igor Rabiner, jornalista do diário Sport Express, de Moscou.
A seleção russa está há sete jogos sem vencer. A última vitória foi em outubro, em um amistoso contra a Coreia do Sul, vencido por 4 a 2. De lá para cá, foram quatro derrotas (para Argentina, Brasil, França e Áustria) e três empates (com Irã, Espanha e Turquia). Vale lembrar que, como país-sede, a Rússia não precisou participar das eliminatórias para garantir a vaga na Copa.
— O povo não espera muito da seleção. Não temos muitas estrelas na equipe. Se chegarmos às oitavas de final, já estaria ótimo — resume Dmity Vinagrodov, do canal de TV Moscou 24 horas.
Desde o fim da União Soviética, a Rússia jamais passou da fase de grupos da Copa do Mundo. O melhor rendimento em competições internacionais foi na Euro 2008, quando a equipe chegou à semifinal.
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Apesar de sediar a Copa, não se nota nas ruas um ambiente de euforia na cidade por parte do povo russo. As festas na Praça Vermelha e nos demais pontos turísticos ficam por conta dos torcedores de outras nacionalidades
— Não somos uma nação que gosta muito de futebol. Acho que o futebol é o segundo esporte depois do hockey, apesar de os jornais dedicarem mais espaço ao futebol. Aqui é difícil comparar. Nos anos das Olimpíadas, todo mundo acompanha outras modalidades e gosta um pouco de tudo, como acontece agora com o futebol. Durante a Copa, as pessoas começam a dar mais atenção, mas depois tudo será como antes — explica a jornalista russa Julia Yakovleva, correspondente do jornal Record, em Moscou.
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