Mais de dois mil mineiros das cidades de Criciúma, Treviso, Siderópolis e Içara, no Sul do Estado, encerraram a greve na assmebleia geral na tarde desta terça-feira, em Criciúma. O movimento de paralisação, que começou na quinta-feira passada, ainda persiste nas cidades de Forquilhinha e Lauro Muller, onde menos de mil trabalhadores devem decidir nesta quarta se aceitam a proposta patronal ou continuam de braços cruzados.

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Por 228 a 187, a categoria entrou em acordo com o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), que ofereceu aumento de 10,5 % _ incluindo a inflação de 5,56 %, mais o abono de férias no valor de R$ 1.162,00 e vale alimentação nas férias de R$ 105,00. Algumas empresas aceitaram reajustar o salário em até 13 %, atingindo o piso estabelecido pela categoria em R$ 1.635.

Na visão de Genoir dos Santos, presidente da Federação Interestadual dos Mineiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mesmo não atingindo o valor pedido no início da greve _ de 5,56 % da inflação e aumento real de 10 % _ os mineiros conseguiram avanços consideráveis com a paralisação, como pagamento de seguro de vida e parte do plano de saúde, além de outros benefícios sociais.

Com o fim da greve, as empresas se comprometeram a pagar dois dias dos seis parados, enquanto os demais serão descontados das férias, segundo explicou Santos. O presidente da Siecesc, Ruy Hulse, disse que com o retorno dos trabalhadores não há risco de falha no fornecimento de energia ao Sistema Integrado Nacional (SIN), maior preocupação até então. As termelétricas do Estado trabalham a pleno para compensar as baixas nos reservatórios das hidrelétricas.

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Trabalhadores das empresas Carbonífera Belluno, em Lauro Muller, e Carbonífera Criciúma, em Forquilhinha, apreciam a mesma proposta em assembleias marcadas para às 9h e 14h de hoje, respectivamente.

Entenda o caso

O que pediam os mineiros

Reposição da inflação de 5,56% + aumento real de 10%

O que aceitaram

Reposição da inflação de 5,56% + aumento real de 4.94%

A categoria reúne cerca de 4,5 mil trabalhadores no Sul de Santa Catarina e menos de mil continuam paralisados. Fonte: Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) e Federação Interestadual dos Mineiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.