“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), antes da atual, acreditava que o Brasil era um país de otários, razão pela qual passou meses repetindo que a Fifa seria quem escolheria as cidades-sede da Copa do Mundo. Insultou a inteligência dos brasileiros e dos catarinenses.Tão natural como a escolha de Manaus para representar a espoliada Amazônia, apesar de Belém ter mais tradição futebolística, teria sido a de Campo Grande para mostrar as belezas do Pantanal.
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Mas de tudo o que mais saltou aos olhos foi a indefinição sobre quem iria sediar a abertura da Copa. Vale recordar. Claro que Ricardo Teixeira esperou um tempo para se definir entre São Paulo e Minas Gerais, ou melhor, entre José Serra e Aécio Neves, além de guardar Brasília como uma terceira hipótese, mais para constar e disfarçar o que estava, de fato, em jogo.
Santa Catarina tem ainda verdadeiros dinossauros do futebol, que há anos estão no poder da bola e não foram capazes de manter o suficiente poder de barganha política no sentido de fazer nosso Estado ser pelo menos citado nesse contexto antes do início da Copa do Mundo.
Assim, como esse Ricardo Teixeira poderia respeitar Santa Catarina e o seu futebol, se nem os comandantes eternos do futebol catarinense tiveram essa sensibilidade ou autoestima? Temos também uma plêiade de políticos famosos e respeitados no Estado, e sempre com suficiente influência para que ao menos, Santa Catarina fosse lembrada, mas, infelizmente, não conseguiram na época. Os aviões assim continuam passando por cima da nossa Bela e Santa Catarina em direção ao Rio Grande do Sul, mas antes uma passada forte pelo Estado do Paraná.“
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