A prefeitura a capital espera que o governo do Estado tome medidas restritivas destinadas às 22 cidades da Grande Florianópolis para evitar a disseminação do novo coronavírus. A cidade está em situação de altíssimo risco, de acordo com a classificação do covidômetro nesta quinta-feira (16).
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Em entrevisa a Kadu Reis, no Direto da Redação, o secretário municipal de saúde Carlos Alberto Justo da Silva, Dr. Paraná, afirmou que medidas isoladas tomadas em cada município, nesse momento, não terão o impacto necessário para frear a contaminação.
– Estamos assumindo avaliação de risco do estado entendendo que temos que seguir as orientações do estado. Vimos a migração de contaminações para pequenas cidades, que não têm condições de atendimento e acabam trazendo essas pessoas para Florianópolis. Então, medidas em um município isolado não surtiriam efeito – afirmou Paraná.
Nesta quinta-feira, Florianópolis atingiu o status altíssimo risco, na classificação do covidômetro, o site da prefeitura que reúne as informações para o enfrentamento da pandemia. Este é o status mais grave entre as cinco classificações definidas pela ferramenta. Agora, são 3432 casos confirmados e 34 mortes causadas pela doença.
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Ao ser lançado, o covidômetro apresentava um quadro com a previsão de como seria o funcionamento de diversos setores quando a cidade atingisse cada um dos estágios de classificação: Fim da emergência da saúde pública, baixo risco, risco moderado, alto risco e altíssimo risco. Para o estágio altíssimo risco, havia, na época, a previsão de que diferentes tipos de estabelecimentos ficassem fechados.
O quadro não consta mais no site e, agora, a estratégia é outra.
– As decisões não podem ser tomadas unilateralmente, por uma só cidade, mas pelo grupo de municípios. O governo do estado tem que tomar essas decisões para as regiões e não deixar que se busque consenso entre 22 prefeituras – afirmou em entrevista ao Direto da Redação.
Até sexta-feira, a Grande Florianópolis deve receber 20 novos leitos de UTI. Conforme Paraná, definições aplicadas nas cidades da região, vão permitir, por exemplo, dimensionar a necessidade de ocupação de leitos de UTI.
– Pra esse momento é o suficiente. Nós temos hoje, 19 pacientes em UTI em Florianópolis. Nós calculamos que nos próximos 15 dias a gente deva precisar em torno de 40 leitos. Então, entendemos que esse aumento da demanda pode ser atendido com o aumento dos leitos que existem em Florianópolis, desde que não haja uma proliferação de internações vindas de outros lugares – afirmou.
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