Por Marina Dalcastagne
Na cidade que precisa aprender a conviver com os deslizamentos o cenário da simulação não é de mentira. As marcas da tragédia de 2008 continuam perto das encostas, como por exemplo no loteamento Santa Rita, Fortaleza Alta, que foi um dos mais atingidos. Há alguns dias não chove por lá e tudo que aconteceu neste sábado foi um treinamento. Cerca de 500 pessoas – conforme a prefeitura – participaram do simulado, todos os órgãos do Grupo de Ações Coordenadas, o Grac.
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Logo cedo o abrigo em uma escola foi ativado e os moradores orientados a deixar as casas. As equipes foram chamadas para quatro deslizamentos, que é uma das ocorrências mais graves. Na simulação,parte de uma creche foi comprometida por conta de um deslizamento, tal como ocorreu em 2008 – quando, inclusive, três pessoas foram soterradas e uma morreu.
As outras duas precisaram ser resgatadas pelo helicóptero Arcanjo. A metodologia desenvolvida hoje começou a ser planejada em 2013. É o resultado de uma parceria entre Brasil e Japão. Os japoneses investiram 11 milhões de dólares no projeto e o governo brasileiro disponibilizou servidores pra executá-lo. O estudo acontece aqui e em duas cidades do Rio de Janeiro. A experiência vai resultar em seis manuais que devem servir de modelo pra todo o país.
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