Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, desde 2012, 542 mulheres foram assassinadas no Estado. Os números vão até agosto deste ano e não contabilizam os últimos dois casos de outubro, da mulher morta pelo ex-marido em Florianópolis e de uma vítima do namorado em Jaraguá do Sul.

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Somente em 2017, foram 70 mulheres assassinadas, sendo 25 casos de violência doméstica e 6 latrocínios. No ano passado, foram registrados 127 homicídios dolosos contra mulheres. Destes, 52 casos foram de violência doméstica e 10 latrocínios.

No caso da Capital, a vítima, Selma Rapschinski, de 32 anos, chegou a ganhar uma medida protetiva, o que não foi suficiente. Para a advogada e professora de Direito ligada a área de Direitos Humanos Daniela Felix, essa proteção é muito limitada

— A gente não tem um sistema de fiscalização que seja eficaz para esse controle, porque o delegado pede a medida de proteção, a Justiça faz essa restrição, afasta o marido do lar, mas na hora do cumprimento, ela não acontece. Se o homem tem a intenção, ele vai fazer (matar) independente de ordem judicial.

A advogada afirma que na questão de violência de gênero, não adianta atuar na consequência, o homicídio. É necessário reduzir o impacto que o companheiro ou ex-companheiro causa na vida da vítima.

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