A população desocupada no Brasil somava 9,1 milhões de pessoas no último trimestre de 2015, um aumento de 40,8% (ou mais 2,6 milhões) em relação ao mesmo período do ano anterior. É o maior crescimento já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.

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Com isso, a taxa de desocupação no país avançou de 6,5%, no quarto trimestre de 2014, para 9% no mesmo período do ano passado – também o maior patamar desde 2012. Em 2015, a taxa de desemprego média foi de 8,5%, ante um resultado de 6,8% registrado em 2014. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.913 no quarto trimestre de 2015, um recuo de 1,1% ante o terceiro trimestre do ano passado. O resultado representa ainda queda de 2% em relação ao mesmo período de 2014.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 171,5 bilhões no quarto trimestre de 2015, queda de 0,6% ante o terceiro trimestre e recuo de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa tem por objetivo substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

Emprego

A pesquisa sinaliza, por outro lado, que o país tinha no fechamento do quarto trimestre de 2015 uma população ocupada de 92,3 milhões, mostrando, estatisticamente, estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas recuando 0,6% (ou menos 600 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2014.

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No últimos três meses de 2015, cerca de 35,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre o terceiro e quarto trimestres de 2015, o contingente de pessoas com carteira de trabalho assinada caiu 3% ao longo do ano (menos 1,1 milhão de pessoas).

Desemprego sobe no Sul, mas é o menor do país

O crescimento de 2,5 pontos percentuais no total de pessoas desocupadas no quarto trimestre do ano passado, comparado com igual período de 2014, mostra o aumento do desemprego em todo o país.

Na região Sul, a taxa subiu de 3,8% para 5,7%. Apesar da alta, o índice é o menor entre as regiões. O mais elevado é o do Nordeste, que passou de 8,3% para 10,5%.

Na região Norte, a taxa pulou de 6,8% para 8,7%. No Sudeste, teve elevação de 6,6% para 9,6%. Já no Centro-Oeste, foi de 5,3% para 7,4%.

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Entre os Estados, o Amapá mostrou a maior taxa de desocupação (12,5%), enquanto Santa Catarina fechou com a menor (4,2%). O Rio Grande do Sul teve índice de 6,5%.

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*Zero Hora com Agência Brasil e Estadão Conteúdo