Disputar a primeira fase de um Campeonato Brasileiro em um grupo com times como Flamengo, Corinthians e Grêmio é motivo suficiente para deixar o alerta ligado antes mesmo de a competição começar. Qualquer ponto é importante. Qualquer bola dividida vale gol. Qualquer vitória tem que ser festejada.
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E o JEC tratou de mostrar serviço logo na primeira rodada daquele Brasileirão de 1986. Ao receber o Atlético-PR no Ernestão, o Tricolor sabia que não podia deixar escapar a oportunidade de começar com o pé direito. O estádio não estava cheio como nas outras vezes, mas tinha mais de 10 mil apaixonados torcedores empurrando o Coelho para cima do Furacão.
– Campo igual ao Ernestão não vai ter nunca mais. Era uma sensação muito boa de jogar lá. Só de chegar no estádio, ouvir o barulho lá de dentro do vestiário, era muito bom. A gente tinha prazer de jogar no Ernestão, pois a torcida era nosso diferencial. Além disso, era um timaço – recorda o goleiro Walter Diab Júnior, titular do JEC naquele jogo.
O Atlético-PR, na época já treinado por Levir Culpi – que hoje comanda o Atlético-MG -, levou um nó do Tricolor no Ernestão. Os gols demoraram para sair, só aconteceram na segunda etapa. Aos 15, Alfinete superou Marola e abriu o placar para o JEC. João Carlos Maringá, no apagar das luzes, fez 2 a 0.
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A fase do goleiro era tão boa que as atuações no JEC lhe abriram as portas na Seleção Brasileira de Novos. Poucas semanas após aquela partida, foi convocado para treinar junto com a equipe nacional que trabalhava em Santa Catarina.
– O Joinville jogou no Maracanã com o Botafogo e empatamos por 1 a 1. Tive uma boa atuação. Como a Seleção Brasileira ia se preparar em Blumenau, fui convocado. Disputei o Sul-americano em 1986, no Chile – lembra, cheio de orgulho.