Há 44 anos, em 16 de agosto de 1977, Elvis Presley morreu, aos 42 anos de idade; oficialmente por arritmia cardíaca e overdose de medicamentos. Ou será que não? Ao longo dos anos, teorias da conspiração envolvendo a morte do Rei do Rock começaram a circular; popularizando o bordão “Elvis não morreu”.
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Alguns fãs acreditam que o músico precisou sumir da vida pública e se esconder por diversos motivos; outros acham que ele de fato está morto, mas que não morreu na data ou pelas razões oficiais. Autores como Gail Brewer-Giorgio popularizaram a conspiração em obras sobre o assunto; e, ao longo das décadas, diversas pessoas afirmaram ter visto Elvis em variados locais ou situações. Em 1991 e 1992, dois especiais investigaram o assunto na televisão norte-americana: The Elvis Files e The Elvis Conspiracy.
Na data (pelo menos oficial) da morte de Elvis Presley, entenda mais sobre as teorias da conspiração que afirmam que o cantor, na verdade, pode estar vivo até hoje.
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Elvis Sighting Societies
As Elvis Sighting Societies são exatamente o que indica o nome: associações que “coletam” supostos “avistamentos” de Elvis Presley; ou seja, relatos, fotos e vídeos que mostrariam que o artista continua vivo. Os grupos se reúnem regularmente nos Estados Unidos e em outros países; e mantém páginas na internet e mesmo jornais organizando e relatando as informações disponíveis. A primeira das Elvis Sighting Societies foi fundada por três fãs do Rei do Rock em 1989.
Ligação com a máfia
Uma das explicações mais populares para a “morte forjada” de Elvis Presley é a de que ele tinha alguma ligação com a máfia – e precisou desaparecer para evitar ser morto por criminosos. No livro Is Elvis Alive, de 1988, a autora Gail Brewer-Giorgio afirma que revirou milhares de documentos do FBI para chegar a essa conclusão. “Eu não sei se Elvis ainda está vivo, mas eu sei que ele não morreu em 16 de agosto de 1977”, ela disse, em entrevista recente ao site NME.
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A escritora, que agora tem 78 anos, sustenta que o FBI recrutou o cantor em 1976 para agir como infiltrado em uma organização de gângsters chamada The Fraternity (ou “A Fraternidade”); que, na época, esteve em contato com Elvis a respeito da venda de um avião. Quando A Fraternidade descobriu que o músico estava ajudando o FBI, o governo norte-americano colocou o artista no programa de proteção a testemunhas. “Elvis forjou a própria morte para evitar ser morto”, crava Brewer-Giorgio, “e não há dúvidas a respeito disso”.
O próprio FBI já liberou ao público cerca de 760 documentos que citam o nome de Elvis Presley, todos registrados entre 1956 e 1980: os documentos se referem a investigações de extorção sofridos pelo cantor ou por sua família. Elvis nunca foi investigado pelo FBI, e os documentos não citam que ele estivesse ajudando a agência de nenhuma maneira.
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O túmulo de Elvis Presley
Além dos tais avistamentos, os defensores das teorias da conspiração apontam outros detalhes como evidências de que Elvis não morreu em 1977. No túmulo do Rei do Rock, consta “Elvis Aaron Presley”, mas o nome do meio do músico na verdade é escrito “Aron” – o que é visto como uma indicação de que a família achou que seria mórbido escrever corretamente o nome de alguém vivo na tumba. Muitos céticos, porém, apontam que, no fim da vida, o artista de fato já usava o nome escrito como “Aaron”, mesmo que, judicialmente, o correto permanecesse sendo “Aron”.

Outro detalhe apareceu em 2005, quando Priscilla, viúva de Elvis, deu uma entrevista à apresentadora Oprah na TV. Ao falar sobre como o marido costumava mimar Lisa Marie, filha dos dois, Priscilla disse “é exatamente como ele disse outro dia”, antes de se corrigir dizendo “como você disse”, referindo-se a Oprah.
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O helicóptero
Alguns defensores da teoria afirmam que, horas antes de o corpo de Elvis ser encontrado em Graceland, sua mansão em Memphis, no Tennessee, um helicóptero preto pousou no terreno da casa. Esse helicóptero teria sido o meio pelo qual o músico “fugiu”, sendo transportado para as Bermudas, onde teria passado a viver desde então.
O zelador
De acordo com outra teoria, Elvis teria retornado a Graceland disfarçado como zelador: há vídeos do tal homem postados no YouTube, cuidando da propriedade; cheios de comentários sobre como o tal zelador se pareceria fisicamente com o cantor – que, hoje, teria 86 anos de idade. Outros fãs apontam que o homem tem estatura muito baixa para ser o Rei do Rock.
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O pastor
Há ainda quem acredite que o artista assumiu uma nova identidade como pastor, e que passou a apresentar cultos – cantando – no Arkansas. O pastor é Bob Joyce, que de fato tem um timbre de voz bem semelhante ao de Elvis. Joyce, é claro, nega qualquer ligação com o músico.
Esqueceram de Mim
Uma teoria bizarra diz que Elvis apareceu como figurante no clássico filme Esqueceram de Mim (1990), que saiu 13 anos depois da morte do cantor. Em certo ponto do filme, a personagem de Catherine O’Hara discute com um funcionário de uma empresa de aviação; enquanto, ao fundo, um homem de barba parece impaciente. Há quem diga que o tal homem é Elvis.
O diretor do longa, Chris Columbus, assinou Heartbreak Hotel, que fala sobre um grupo de adolescentes que sequestra Elvis: a aposta dos fãs é de que o músico teria visto o filme, gostado, e pedido para aparecer no próximo trabalho do cineasta. O figurante, porém, era o ator Gary Richard Grott, que morreu de ataque cardíaco em fevereiro de 2016.
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Elvis na Argentina?
Um dia depois da morte de Elvis Presley, um homem supostamente idêntico ao músico foi avistado no aeroporto de Memphis, comprando uma passagem só de ida para Buenos Aires, na Argentina. A teoria vai ainda além, afirmando que o homem usou o nome “Jon Burrows” para embarcar – nome que costumava ser usado por Elvis ao fazer reservas em hotéis. Será que o Elvis oitentão vive até hoje na América do Sul?
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Na piscina
No ano-novo de 1977, mais de quatro meses depois da data oficial de sua morte, Elvis teria sido fotografado em Graceland, na casa que guarda os equipamentos da piscina, por Mike Joseph. Joe Esposito, agente do Rei do Rock, afirmou publicamente que o homem na foto era na realidade Al Strada, um dos guardas da propriedade; e existem diversos vídeos na internet analisando como a foto pode ter sido montada – mas a imagem é popular até hoje entre fãs e conspiracionistas.
Outros avistamentos
Em Kalamazoo, no Michigan, avistamentos de Elvis começaram a pipocar no final dos anos 1980: foram tantos que o assunto virou pauta nacional; e apareceu em diversas publicações e programas de TV nos Estados Unidos – geralmente, ridicularizando quem fazia as afirmações. Em 1999, várias pessoas relataram terem visto Elvis na abertura do parque Legoland, na Califórnia; mas a empresa afirmou que contratou covers de Elvis como atração para o primeiro dia de funcionamento do parque.
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Evidências da morte
Patrick Lacy é um pesquisador da vida e da obra de Elvis Presley, e publicou um livro chamado Elvis Decoded, em que analisa e desmente uma por uma as teorias da conspiração sobre a morte de Elvis. “Aqueles arquivos do FBI, por exemplo, estão disponíveis para o público”, declarou, em entrevista à TIME. “Eu li. Não há nada lá.”
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“Todas as evidências apontam para a morte: testemunhas, relatos médicos”, prossegue Lacy. “Uma morte forjada teria que envolver o silêncio e a cooperação de literalmente centenas, senão milhares de pessoas ao longo dos anos.”
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