Pingo afirmou na entrevista que teve o ataque mais positivo da chave e um aproveitamento de quase 60% dos pontos. De fato, os números frios mostram esta condição. Mas o ataque mais positivo foi turbinado pela última rodada. Antes deste jogo (o 8 a 1 sobre o Mogi Mirim), o JEC somava 12 gols marcados e 12 sofridos. E aí está o problema: não há dúvida de que o desempenho ofensivo do Joinville cresceu com Pingo, mas faltou o equilíbrio na parte defensiva.
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‘Teríamos nos classificado se eu tivesse assumido antes’, diz Pingo
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Desde da chegada de Pingo, Toque de Letra mostrou que os números do treinador eram excelentes na busca pelo gol, mas a falta de segurança defensiva prejudicava o crescimento de seus times – o Brusque, por exemplo, no Campeonato Catarinense.
De fato, com o atual aproveitamento, ele teria conseguido a classificação pelo JEC, mas a missão total cobrava do trabalho a compensação dos pontos perdidos no passado.
Na entrevista, concedida ao colunista (veja no link acima), Pingo reconheceu que não fez as melhores escolhas nos jogos contra São Bento e Macaé. Ele ainda debateu, com muito profissionalismo, as críticas feitas pela coluna e disse aprender com elas. Falta agora a Pingo corrigir o problema crônico de suas equipes: a exposição de seus sistemas defensivos.
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A reunião
A direção do Joinville esteve reunida nesta segunda-feira para começar a traçar o planejamento para o fim desta temporada e o início do ano de 2018. Na conversa, estiveram presentes o presidente Jony Stassun, o vice, Jurandir da Silva, o superintendente financeiro, Ed Carlos Natali e o gerente de futebol, Carlos Kila.
No bate-papo, foram avaliadas questões salariais, de contrato e definições de quem sai ou fica no elenco. Segundo a assessoria de imprensa do JEC, não se colocou em pauta a continuidade do técnico Pingo.
A avaliação do trabalho do treinador deveria ocorrer nesta terça. No entanto, em entrevista à Rádio Cultura, o superintendente financeiro, Ed Carlos Natali, confirmou que Pingo não permanecerá no JEC. Segundo ele, Pingo só não teria sido informado porque não tinha sido localizado.
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Mais uma vez, o Joinville mostra como não se faz futebol. Independentemente de o trabalho ter sido bom ou não, o profissional precisa ser informado primeiro, antes da imprensa. Mas o JEC não consegue fazer nem isso. E a justificativa de que ele não foi encontrado é frágil. O Joinville tem tempo de sobra agora. Não precisa se apressar para tentar dar respostas ao fracasso na Série C. O profissionalismo deveria vir em primeiro lugar.