Uma exigência da Polícia Civil junto à Secretaria de Meio Ambiente de Joinville (Sema) pode impedir o basquete de Joinville de atuar no Centreventos Cau Hansen nas próximas rodadas do Novo Basquete Brasil (NBB). Em todos os jogos, a equipe precisa do alvará da Sema para sediar os confrontos. E para conseguir o alvará, o basquete (e o futsal) precisam da autorização dos bombeiros e da Polícia Civil.
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O problema é que a Polícia Civil não está dando aval para a realização de eventos. Ela exige obras de acessibilidade no espaço – rampas, escadarias, espaço para deficientes – e, enquanto não houver os ajustes, não quer ceder. A situação quase impediu a realização da rodada de sábado, contra o Mogi, e da rodada da noite de segunda, diante do Pinheiros.
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O basquete de Joinville só conseguiu atuar em casa nas duas partidas em razão de uma liminar, concedida pelo juiz Gustavo Marcos de Farias, que autorizou a realização dos duelos. Em seu despacho, o juiz se baseou no fato de o Centreventos ter sido sede de outros eventos, como a final da Liga Futsal, e argumentou que a “autoridade coatora tem condições de cobrar, por outras vias, a realização das obras necessárias para adequação da estrutura.”
No entanto, apesar de ter conseguido esta liminar, tudo indica que o basquete de Joinville esbarrará no mesmo problema nos jogos dos dias 8 e 10 de janeiro, diante de Vasco e Botafogo, respectivamente.
Neste caso, o clube teria duas alternativas: buscar outra liminar ou atuar em outro palco. A segunda hipótese é mais provável e o time estuda até jogar fora da cidade – há um entendimento de que o Ginásio da Whirlpool não teria como receber adversários de peso como os times cariocas. O estudo da solução para o caso será feito a partir desta terça.
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Em contato com a coluna, a Prefeitura se defendeu e diz que pretende realizar as obras necessárias no Centreventos, mas precisa de tempo para os ajustes. A ideia é que houvesse um acordo (algo como um termo de ajuste de conduta, com o aval do Ministério Público) como aconteceu na Arena, quando foi feita a obra do projeto preventivo contra incêndios.
A Prefeitura informou também que tem feito algumas obras – como a delimitação de uma área para cadeirantes -, mas as outras solicitações não poderão ser concluídas de maneira tão breve (para atender os próximos jogos do basquete, por exemplo).
Os jogos da semifinal e da final da Liga Nacional de Futsal enfrentaram o mesmo problema. Na época, houve um bom senso e a Polícia Civil recuou. Mas foram necessárias várias conversas para que o JEC/Krona pudesse atuar em casa com grande público.
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Ou seja, o problema não é de hoje e está se arrastando – só não atingirá o futsal porque o time fará a última partida do ano na quinta, no Ginásio do Sesc.