O PSOL de Florianópolis decidiu liberar os filiados e apoiadores no segundo turno eleitoral. Em entrevista coletiva no final da manhã desta quinta-feira, o ex-candidato à prefeitura Elson Pereira anunciou a postura de neutralidade e, em nota oficial, considerou até a possibilidade de voto nulo no dia 28 de outubro.
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O argumento é de que o partido não se vê representado por nenhuma das duas candidaturas que estão no segundo turno – Cesar Souza Junior, pelo PSD, e Gean Loureiro, pelo PMDB. Elson foi a grande surpresa do resultado do primeiro turno, ao obter 35 mil votos, 14,42% dos votos válidos.
– A consciência livre do eleitor é que deve prevalecer, e mesmo o voto nulo é um caminho de protesto e democrático -, diz a nota.
Durante a coletiva, Elson avaliou que sua campanha mostrou o descontentamento do eleitor com o futuro da cidade, e deu um sinal de compreensão de que não é necessário grandes recursos financeiros para pedir votos.
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– A sociedade vai pagar cada centavo desses financiamentos milionários. Todas as doações que nós recebemos foram de pessoa física. A campanha Elson 50 gastou R$ 11.370 – afirma.
Sobre o assédio dos candidatos que continuam na disputa pela prefeitura de Florianópolis, o professor universitário confirmou que recebeu ofertas de assumir cargos no governo. Entre os convites, estaria a presidência do Instituto de Planejamento Urbano da Capital (IPUF).
– Eu fui assediado desde domingo, não apenas com o IPUF, e eu neguei desde o início. Convivi com esses cinco candidatos durante três meses, e alguns não compreenderam que não seria um cargo público que me compraria.
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