A rainha Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira (8), foi referência e símbolo de autenticidade no mundo da moda durante seus 70 anos de reinado. Para duas estilistas de Santa Catarina, ouvidas pelo NSC Total as cores vibrantes e estrutura das roupas —combinadas com acessórios como chapéu, bolsa e broches — são marcas que ficam registradas no estilo da rainha.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram 

Para a estilista Luhana Pawlick, uma das maiores qualidades de Elizabeth II era a forma com que lidava com as cores, se adequando aos ambientes em que estava. 

— Ela carregava a cor como ninguém, levava cores monocromáticas [nas roupas] muito bem. As pessoas da realeza sempre aparecem muito sóbrias, e a cor é algo que traz muito sobre a pessoa, sobre o momento em que ela está. A rainha tinha isso, de trazer através das cores o que ela estava passando ou sentindo. Eu nunca vi a rainha mal vestida ou com uma roupa que não condizia — afirma Pawlick. 

FOTOS: Rainha Elizabeth II no Brasil teve carreata, política e encontro com celebridades

Continua depois da publicidade

De acordo com a estilista Ana Lopes, durante toda a trajetória na realeza, Elizabeth II soube fazer com que a moda estivesse a seu favor. 

— Se a gente observa as roupas de quando ela assumiu o reinado, percebemos as refêrencias das saias rodadas, das joias… O que ela usava tinha significado, e tinham os segredos dela junto das pessoas que trabalhavam próximo, como a posição da bolsa. Ela é uma refêrencia de moda, um ícone de moda e tem muita história que, quem se aprofundar, vai descobrir — diz Ana Lopes. 

Apesar dos 96 anos, as profissionais ressaltam que Elizabeth II mantinha a ousadia no estilo, sem causar conflitos com os protocolos reais. 

— Ela vai deixar o legado de que a gente tem de ser autêntica. Me chama atenção que ela nunca usou roupas muito coladas, com decortes à mostra. Mas, ela sempre soube o papel dela, sem deixar de ousar — explica Luhana Pawlick. 

Continua depois da publicidade

— Acredito que as cores eram uma forma de a rainha demonstrar que, por mais que ela tivesse idade, ela era uma mulher moderna — pontua Ana Lopes. 

Quem é o sucessor da Rainha Elizabeth II? Confira o que dizem as regras

Em 2019, a figurinista pessoal da rainha, Angela Kelly, lançou o livro “The Other Side of the Coin: The Queen, The Dresser and the Wardrobe” (“O Outro Lado da Moeda: A Rainha, a Costureira e o Guarda-Roupas”, em tradução livre) e revelou algumas curiosidades do guarda-roupa e dos hábitos da rainha. Uma dessas revelações é que não era Elizabeth II, mas a própria Kelly que amaciava os sapatos da monarca.

Em geral, seus sapatos eram práticos com salto bloco (grosso), feitos à mão. Já seus acessórios indispensáveis eram o guarda-chuva transparente com um acabamento da mesma cor do figurino, que ficava sempre a sua espera, para que nem sequer o imprevisível clima britânico atrapalhe, e o chapéu, que lhe garantia alguns centímetros a mais.

Confira alguns dos looks mais marcantes da Rainha Elizabeth II

Vídeo conta a história da rainha Elizabeth II; assista

Leia também

Bolsonaro decreta luto oficial por morte da rainha Elizabeth II

Continua depois da publicidade

Rainha Elizabeth II estava em um dos seus lugares preferidos, o Castelo de Balmoral