A Polícia Civil estourou entre 40 e 50 pontos de jogo do bicho na Grande Florianópolis, nesta segunda-feira, dia 11. A Operação Mega Bicho foi realizada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e 120 policiais de todas as divisões da unidade e de outras cinco delegacias foram mobilizados.
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A coordenação e a logística da operação foram feitos pela Divisão de Combate à Lavagem de Dinheiro (DCLD) da Deic, responsável por investigar o crime organizado em Santa Catarina, incluindo a facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), autora das duas ondas de ataques no Estado.
De acordo com o titular da DCLD, delegado Verdi Furlaneto, as investigações sobre o crime organizado não foram interrompidas. O policial contou que não havia investigação aberta sobre os pontos de venda de jogo do bicho antes da Operação Mega Bicho. Disse que havia algumas denúncias anônimas sobre este tipo de contravenção.
– Fizemos uma repressão em decorrência da reportagem que saiu na TV há cerca de três semanas e que denunciava o funcionamento de pontos de jogo em dois shoppings de Florianópolis. O diretor da Deic (Akira Sato) deu essa missão. Não há inquérito investigando nada sobre isso. Fizemos a logística e o planejamento – contou o delegado Furlaneto.
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O titular da DCLD informou que os pontos nos shoppings não existem mais.
De acordo com o delegado Verdi Furlaneto, os pontos estourados nesta segunda funcionavam em estabelecimentos que vendem recargas de cartão telefônico e em salas ao lado de lotéricas, nos Bairros Canasvieiras, Centro, Estreito, Trindade e Ingleses, em Florianópolis. Em São José, os pontos encontrados foram nos Bairros Barreiros, Capoeiras e Centro.
O delegado da Deic informou que, a princípio, são diversos proprietários por trás dos pontos. As pessoas que vendiam as apostas foram conduzidas à Deic e deverão assinar Termo Circunstanciado.
– A pena é baixa. A pessoa responde ao processo ou transação penal perante o promotor. Pode, por exemplo, se comprometer a não trabalhar mais nisso e a ter que pagar multa. Se descumprir, pode ser preso – disse Furlaneto.
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A Polícia Civil informou que foram apreendidos máquinas de aposta de jogo do bicho, papel comprovando as apostas, e grande quantia de dinheiro. Até o início da noite desta segunda os valores ainda não haviam sido contabilizados.
De acordo com o delegado da DCLD, quantias de R$ 1 mil e R$ 5 mil foram apreendidas com cada apostador.