Terminou por volta das 6h desta quinta-feira o julgamento de Elias Schroeder, 52 anos, acusado de ter participado do assassinato de Maria Rosângela Muniz, ocorrido dia 25 de janeiro de 2011. Ele foi absolvido do crime de homicídio, mas teve pena de um ano de reclusão por ocultação de cadáver, que foi revertida em prestação pecuniária fixada em cinco salários mínimos.

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O julgamento ocorreu no Fórum de Blumenau e durou 21 horas. Schroeder estava preso desde fevereiro de 2011, juntamente com Edemir Pelin, condenado a 23 anos em dezembro, e a melhor amiga de Maria Rosângela, Vanessa Nardes, condenada a 26 anos e 11 meses em outubro do ano passado. O júri foi presidido pelo juiz da 1º Vara Criminal da Comarca de Blumenau, Juliano Rafael Bogo e o promotor André Otávio Vieira de Mello trabalhou na acusação durante o julgamento. O julgamento começou por volta das 9h30min de quarta-feira e terminou às 6h e quinta-feira.

Das 25 pessoas convocadas para participar do júri popular, 19 estiveram presentes e sete foram sorteadas para integrar o conselho de sentença. A maioria votou pela absolvição de Elias. Por volta das 11h, a primeira testemunha de acusação a ser ouvida foi o delegado responsável pelo inquérito policial do caso Bruno Effori. O promotor fez algumas perguntas a Effori e mostrou aos presentes no júri luvas, bota, facas e extintor de incêndio usados no crime. Logo depois, foi a vez dos advogados de Elias Schroeder questionarem o delegado.

Ao total, foram ouvidas nove testemunhas: quatro da acusação e cinco da defesa. Após o interrogatório do acusado começou o momento de debates entre defesa e acusação.

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Entenda o caso

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O último julgamento, de Edemir Pelin, realizado em dezembro de 2013, durou 15 horas. O de Vanessa Nardes, a melhor amiga de Maria Rosângela, foi o mais longo: durou 18 horas. Ambos foram condenados por participação na morte da vítima.

Ministério Público pretende recorrer

O Ministério Público vai recorrer da decisão do júri popular. De acordo com o promotor, André Vieira de Mello, o MP vai aguardar que o tribunal reforme a sentença e remeta o réu a novo júri.

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– Na verdade, por mais que seja soberana a decisão do tribunal do júri, eles incorreram em erro e julgaram com provas contrárias aos autos. Eles foram contraditórios ao dizer que o Elias ocultou o cadáver mas não concorreu para o crime. Isso é controverso.

Do outro lado, a advogada de defesa, Ediléia Buzzi, acredita que o TJSC não aceitará o recurso, já que, de acordo com ela, a corte tem respeitado a decisão do Conselho de Sentença.

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