O cubano Elián González, que há 15 anos virou o centro de uma crise entre Cuba e Estados Unidos por sua custódia, afirmou a um canal de televisão americano que gostaria de visitar o território americano. Continua depois da publicidade “Quero ter tempo de dar meu amor aos americanos”, disse González, em inglês, segundo um trecho antecipado da entrevista exclusiva que será exibida nesta segunda-feira pela rede ABCNews. Ao ser questionado sobre qual seria seu destino se pudesse visitar qualquer país do mundo, González, atualmente com 21 anos, respondeu sem hesitar em espanhol: “Estados Unidos”. Em novembro de 1999, González, com apenas sete anos, sobreviveu ao naufrágio de uma balsa em que sua mãe, Elizabeth Broton, tentava levá-lo clandestinamente a Miami. Pelo menos 10 pessoas morreram na tragédia. O jovem ficou temporariamente sob a custódia de parentes em Miami que se negavam a devolvê-lo a Cuba. Mas o pai do menino, Juan Miguel González, iniciou uma batalha legal para demonstrar que era o único com direito de guarda. Continua depois da publicidade Cubanos contrários à devolução e repatriação do menino chegaram a criar escudos humanos ao redor da casa, mas o Departamento de Justiça ordenou em abril de 2000 uma operação para que Elián fosse retirado da residência e entregue ao pai. Na entrevista, Elián González afirma que lembra o momento em que sua mãe o colocou sobre um pneu depois do naufrágio e desapareceu no mar. “Se hoje ela não está aqui comigo é porque lutou até o último minuto para que eu sobrevivesse”, disse, de acordo com o trecho divulgado da entrevista. Em Cuba, Elián González iniciou a carreira militar e é integrante da ala juvenil do Partido Comunista (União de Jovens Comunistas, UJC). Continua depois da publicidade
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