Antes mesmo de a reportagem fazer a primeira pergunta ao prefeito Gean Loureiro (PMDB), logo após o cumprimento de boa tarde, o chefe do Poder Executivo da Capital disse “está ruim, eles parecem que não se preocupam com as mortes que estão batendo à nossa porta”.

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Gean se referia à formatura e divulgação oficial pelo Governo de Santa Catarina, horas antes, do número de policiais militares distribuídos para cada uma das regiões do Estado e a certeza que a Capital receberá 109 policiais de reforço no efetivo da cidade. Gean queria mais, cerca de 400, pelos cálculos do Município. Mesmo que a quantidade não fosse essa, pondera, “10% do efetivo para uma cidade que tem 30% das ocorrências é muito pouco”.

O prefeito lembra que o ano de 2017 tem sido muito problemático na segurança pública da Capital. Reclama que a cúpula da SSP “continua levando em conta um critério que não considera a mancha criminal”. Gean esteve reunido na segunda-feira (11) com o secretário de Segurança Pública, César Grubba, e ao ser questionado se tinha expectativa de ser atendido em seu pleito de aumento no efetivo destinado à Capital, afirmou “que não tinha dúvidas de que seria”.

— Eu pensei o seguinte, com todos os argumentos que eu levei e os fatos que vêm ocorrendo, eles iriam se sensibilizar. Mas não aconteceu.

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O prefeito diz que sua expectativa, agora, é ao término da Operação Veraneio, com o reforço no policiamento da Capital, no fim dos meses de verão, um número maior de PMs permaneça na Capital, “se não a gente não vai conseguir diminuir a criminalidade”.

— Toda a cidade mobilizada para que viessem mais policiais, infelizmente ainda não. Mas a gente não deixar de pleitear a vinda de reforço para Florianópolis, vamos continuar a nossa pressão para mostrar a cúpula da segurança pública que esse critério deles não vai trazer resultados para diminuir a criminalidade — conclui Gean.