Enquanto esperavam a retirada dos corpos dos três jovens mortos na Guarda do Embaú, em Palhoça, na manhã desta terça-feira, familiares revelaram informações aos policiais sobre suspeitos e também desabafaram sobre a violência.

Continua depois da publicidade

– A gente tem certeza que tem alguma coisa, mais gente envolvida, um mandante no meio. Eles levaram dinheiro ao lugar para comprar um terreno, mas na verdade foram atraídos para o lugar. Isso não pode ficar assim – dizia revoltada Marlene de Oliveira.

Ela é avó de Gabriel de Oliveira, 15 anos, o adolescente que está entre os mortos e é filho do traficante Rodrigo de Oliveira, o Rodrigo da Pedra, que está preso desde fevereiro na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Marlene não acredita que os crimes estejam relacionados ao filho e pai de Gabriel, que comandava o tráfico de drogas no Morro do Horácio, segundo a polícia, e é acusado de envolvimento com a segunda onda de atentados no Estado.

Continua depois da publicidade

Júlio Cesar Thibes, 25 anos, genro de Marlene, também é um dos assassinados. Julio, conhecido como Dino, é quem disse aos familiares que iriam a Palhoça para comprar um terreno, na quarta-feira passada, quando desapareceram.

– Ele (Julio) é dono de um lavacar, trabalhava, e não tem nada a ver esse crime com o tráfico – disse Marlene aos jornalistas, antes de prestar depoimento na Delegacia de Polícia em Palhoça.

Além de Julio e Gabriel, foi morto Augusto Moreira das Chagas, 22 anos. Os três foram assassinados com tiros na cabeça. Para a polícia, houve execução cujos motivos podem estar relacionados com o tráfico de drogas ou desentendimentos.

Continua depois da publicidade